CHAPTER ONE

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| ᴀɴʏ ɢᴀʙʀɪᴇʟʟʏ's ᴘᴏᴠ |

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| ᴀɴʏ ɢᴀʙʀɪᴇʟʟʏ's ᴘᴏᴠ |

Soltei minha respiração. As borbulhas de ar subiam tão rápido quanto eu descia, e meu pulmão lutava para não encher-se de água a passo que eu me debatia, tentando sobreviver. Qualquer movimento, qualquer força. Eu tinha que juntar tudo em busca da natação que tanto sempre achei uma coisa inútil para se aprender. E em questão de segundos, tudo escureceu. A água pareceu estar mais gelada, mais do que em uma típica noite fria de inverno. Tentei pela última vez, esticando meu braço para cima. 

     Uma mão forte segurou a minha, e então, puxou-me para fora. Naquele momento senti como se uma onda de choque passasse por nossos corpos e nós estivéssemos conectados pelo toque. E de repente, eu estava cuspindo toda a água do meu pulmão, deitada em seu colo. Olhos brilhantes e azuis, completamente apreensivos, observavam-me de cima.

— Você está bem? — perguntou-me ele.

— Quem é você? — minha voz saiu fraca e rouca. Forcei minha visão, tentando deixar seu rosto nítido à meus olhos. — Quis dizer, obrigada. Eu acho que iria morrer caso..

— Pode me chamar de Josh. — ele semicerrou os olhos sobre mim para depois relaxá-los. — Está sozinha? Ou há algum amigo por perto?

     Saí do colo dele, com meus sentidos ainda ofuscados.

— Estou sozinha. E obrigada, de verdade! Eu estava olhando o lago mas fui perto demais e acabei caindo. E como viu, nadar não é bem o meu forte. — comecei a torcer a ponta da minha camisa. — Tem algo que eu possa fazer pra retribuir a ajuda? Qualquer coisa?

— Não, que isso. Imagina. Está tudo bem.

— Vai, diz logo! Pode ser tudo, menos um boquete. — falei. Ele deu uma risada silenciosa e vergonhosa, abaixando a cabeça. Por que diabos eu falei isso?! Qual é o meu problema?!

— É, talvez tenha algo que possa fazer.

     Seus olhos subiram até meu rosto, onde meus cabelos estavam colados na minha bochecha, e foram até meus lábios. Ainda havia gota de água neles. Minha língua se atreveu a lambê-los, e, naquele instante, os olhos dele encararam os meus intensamente. Senti calafrios e minhas bochechas ficarem ainda mais vermelhas, senti-me envergonhada.

     Uma tensão começou a rolar no ar.

     Apertei meus lábios, apressada.

— E o que seria?

     Ele tirou a camisa do corpo, que estava colada à ele por conta da água. E sem que eu pudesse evitar, olhei para os músculos definidos do seu abdomêm. Suspirei. Não havia visto pessoalmente muitos homens sem camisa — e os que vira, não eram lá aquela coisa. Porém ele era diferente. Meus olhos fixaram-se na tatuagem ao longo da sua barriga, algumas palavras em letra cursiva. Tentei adivinhar na minha própria cabeça o que aparentemente estava escrito ali, mas ele não demorou para se mexer. Fingi está olhando para o lado.

𝗕𝗮𝗱𝗯𝗼𝘆 𝗚𝘂𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora