Último suspiro

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Violetta acordou meio tonta, tentando se lembrar do que havia acontecido. Levou a mão devagar até a cabeça e sentiu um liquido sujar seus dedos. Droga, alguém a tinha apunhalado na cabeça, ela só esperou que Ludmila e Diego estivessem bem. Ela olhou para os lados, mas não conseguia ver nada, estava um verdadeiro breu.

- Nós encontramos novamente. - Ela estreitou os olhos tentando ver mas apenas ouvia a voz de Alex.

- O QUE VOCÊ QUER? - Ela gritou e a risada dele preencheu o lugar.

- Por que está tão alterada? Não gostou do nosso último encontro? 

Violetta se encolheu e começou a rastejar para trás até encontrar a parede, para abraçar as próprias pernas. Não queria que Alex chegasse perto dela novamente.

- Suponho que agora você já saiba quem planejou tudo isso. - A voz dele parecia estar perto de Violetta, mas ao mesmo tempo longe. - Quem cala consente. - Ele riu mais uma vez. - Ela também planejou a sua morte, mas a minha ideia é muito melhor.

Ela já sentia seu coração se apertar, nem conseguia imaginar o que esse louco pensava, mas ela tinha medo, precisava pensar em um jeito de fugir dali, rápido.

- Viluzinha, você é tão falante, o que aconteceu? - Ela sabia que ele sorria enquanto conversava com ela. - Está com medo? - Ele fez uma pausa antes de continuar. - Eu não sou tão mau quanto Francesca, então você vai poder sair daqui, mas com uma condição.

- Qual? 

- Você vai ter que matar para sair, uma vida por outra, simples.

Simples? Alex era louco! Em pensar que ele convivia normalmente com todos e ninguém sequer imaginava.

- Nunca!

- Tudo bem, demore o tempo que precisar, você vai querer sair daqui.

O silêncio voltou, ela esperou um pouco para ter certeza que estava sozinha e então se levantou, mesmo no escuro começou a procurar um jeito de sair daqui, o lugar era como se fosse algum tipo de galpão, mas sem janelas, sem luz, até que finalmente encontrou essa porta aparentemente de metal. Suspirou em alivio e começou a tentar abri-la.

- Merda, merda, merda! - Ela murmurava a mesma palavra varias vezes. - POR QUE ESSA MERDA NÃO ABRE?

Se aproximou da porta e deu o chute mais forte que pode contra a mesma, o gemido de dor ecoou pelo lugar no mesmo instante. Ela se encostou na porta já se segurando para não chorar.

- Não vai conseguir nada chutando a porta querida, talvez um pé quebrado. Já disse como você pode sair... - Ela se assustou de inicio, pensava que ele a tinha deixado sozinha.

- NÃO. - A voz dela ecoou pelo lugar vazio.

- É fácil, vamos lá.

Foi possível perceber o homem se aproximando, chegando bem perto, Violetta prendeu a respiração com as lembranças que vieram em sua mente da última vez que se encontrou com o Alex.

- Eu...eu... - Violetta fechou os olhos com força balançando a cabeça negativamente.

Respirou fundo várias vezes seguidas, esperando o pior, mas nada aconteceu. Quando abriu os olhos, havia uma faca a sua frente e Alex não estava mais lá, com as mãos tremendo, lentamente pegou a faca e a segurou firme, então a risada irônica de Alex preencheu o local junto com a luz que acendeu, iluminando tudo.

- LEÓN!

Violetta correu até seu amado que estava desacordado preso em uma cadeira, ela segurou no rosto dele e tentou o acordar.

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