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Fronteira com o México
05:47

Sina observava o nascer do sol enquanto Noah dirigia.

- Estou preocupado com a Saby.- o moreno quebra o silêncio. - Queria ter falado com ela antes de ter saído.

- Ela não quer falar comigo agora, então não há nada a fazer.- a alemã diz simples.

Noah suspira.

- O segredo que você esconde dela. Se você contar o jogo não poderá usar contra você.

- Não, ninguém pode ficar sabendo.- olha para ele após perceber tem falado um pouco mais alto. - Muito menos a Saby... acabaria com ela.- a loira volta a olhar para a janela. - Mando mensagem de novo quando chegarmos lá.

×××

Noah bate na porta de vidro coberta por um pano azul desgastado e sujo que logo é aberta por uma jovem de aparentemente uns vinte anos.

Ela os encara um pouco antes de falar.

- Te puedo ayudar?- pergunta.

Sina e Noah continuam calados sem entender.

- Posso ajudar?- a morena refaz sua pergunta.

- É. Estamos procurando Inês Reis.- Deinert fala.

- É a minha avó. Eu cuido dela.- a mulher foi um tanto quanto rude ao responder.

- A gente só quer conversar com ela.

- Ela não fala com ninguém.- diz fechando a porta mas Sina coloca a mão abrindo de volta.

- Não! Por favor... nossos amigos morreram do mesmo jeito que os dela, nós não vamos demorar muito.

A morena bufa e olha para dentada casa.

- Eu vou perguntar.- fala tentando fechar a porta.

- E... se puder- Sina tenta tirar algo de sua bolsa. - mostra isso a ela.- levanta uma foto da viajem ao México. - Mostra que a gente estava nessa missão e que a metade das pessoas da foto já estão mortas. - Talvez assim ela fale com a gente.

- Talvez ela receba vocês. Mas não vai falar com vocês. Ela não diz uma palavra a cinquenta anos. Esperem aqui.- a mulher entra para a casa novamente e fecha a porta.

- Eu acho que ela deve ter feito o voto de silêncio.- Noah fala.

- Ela tinha dezenove anos quando os amigos foram mortos. Imagine oque isso fez com ela.- Sina estava impactada.

- Nem preciso imaginar.

Eles esperaram do lado de fora por um bom tempo. Mudaram de lugar várias vezes. Agora Sina estava sentada na escada da varanda e Noah encostado no corrimão.

- Já faz mais de uma hora.- a loira diz olhando para o visor de seu celular.

- É, para alguém que não fala parece que o papo tá bom.- Noah brinca. (N/A:: alô alô, baixou o Josh no Noah)

A porta se abre repentinamente, oque causa um barulho que assusta os dois.

- Ela vai recebê-los.- a morena diz e faz sinal para eles entrarem que é oque os mesmos fazem.- Desculpa a demora. Ela escreveu algo para vocês.- a moça fala guiando eles até a sala onde se encontra uma velinha de uns setenta anos sentada em uma poltrona de tecido.

- Oque é?- Sina pergunta.

- Ela não me deixou ler.- diz indo até a avó - Voy a estar en mi cama.- deposita um beijo na bochecha da mais velha que estava com o semblante sério.

- Muito obrigada por nos receber senhora Reis.- Sina se agacha em frente a mulher que lhe entrega um papel.

-"A missão era um convento onde as moças iam encontrar com Deus." - a loira começa a ler e Noah se senta em um sofá ouvindo atenciosamente. - "Éramos meninas, então brincávamos de jogos bobos como pique-esconde. Mas o padre que administrava o convento nos obrigava a jogar o jogo dele, nos escondíamos mas ele pegava quem ele achava, o prazer dele era a nossa dor. Sofríamos em silêncio. Então uma das meninas contou um segredo: ela sabia feitiços que chamavam espíritos e ela invocou um demônio chamado Calux, ele possuiu o nosso jogo."

- Possuiu o jogo?- Noah pergunta confuso e a senhora prontamente pega um papel e uma caneta começando a escrever e quando terminou entregou o papel a ele.

- "demônios possuem pessoas, lugares, objetos, e até ideias."- após Noah ler ela faz um sinal para Sina continuar a ler os papéis em sua mão.

- "Calux era um trapasseiro. Naquela noite quando padre achou sua vítima ela foi possuída por Calux. Ela escondeu o corpo do padre pela missão... em pedaços. Levaram uma semana para achar a cabeça."- Deinert olha assustada para seu amigo atrás de si. - "mas Calux não parou, ele nos fez continuar com o jogo, muitas de minhas irmãs morreram."

- E como você e as outras escaparam?- a alemã pergunta logo vendo a senhora destampar a caneta e começar a escrever no bloco de papel, assim que terminou entregou para Noah ler.

- "A pessoa que libertou o demônio pode captura-ló com um ritual simples. Mas só com a própria mão."- assim que ele termina Inês entrega outra folha a ele.

- É... é esse aqui o feitiço?- ele pergunta e a mulher assenti. - Está em espanhol?- ela confirma.

- "O feitiço deve ser repetido sete vezes, e o sacrifício deve ser colocado em um pote selado com cera."- Sina para de ler assim que vê a mulher se levantando e pegando um pequeno pote. - "Enquanto o pote ficar selado na missão a porta que abrimos para Calux também ficará selada."

- Espera, eu já vi esse pote.- Deinert mostra a foto em seu celular para Noah. - É, mas quando eu vi estava quebrado e com um cheiro muito estranho.

A senhora começa a gemer apavorada e escrever rapidamente em seu caderno.

- "O sacrifício."- Sina lê - "Quem quebrou o pote vai ter que fazer o mesmo."

- Fazer oque?- Noah pergunta. - O sacrifício.

A senhora escreve apressadamente e mostra para eles o papel.

- "Língua."- Sina lê novamente. - Foi você quem invocou o demônio?

A senhora grita abrindo a boca para revelar sua língua cortada.

...

Tá, agora é sério, vou dormir.

Ou não pq eu tô sozinha no meu quarto escuro as 3:00 da manhã escrevendo esse cap. Tô me cagando de medo aq.

Irineu, vc não dorme nem eu.

Esse com certeza foi o cap q mais me deu medo até agr.

Estou com vontade de ir no banheiro, e agr? Vamos de fazer xixi na cama.

Bons sonhos.

✘ 𝐓𝐑𝐔𝐓𝐇 𝐎𝐑 𝐃𝐀𝐑𝐄, now united.Where stories live. Discover now