aquele em que acontece algo ruim no provador.
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Eu e as meninas havíamos combinado a uns dias de ir ao shopping comprar as roupas que iríamos usar no natal e no ano novo. E como estamos no final do ano, a maioria das lojas estão com promoções de vestidos, e a gente nem gosta de um desconto né?
— Eu gostei tanto desse, fica coladinho no corpo! — Falei colocando o vestido na minha frente, imaginando como ele ficaria em mim.
— Ah eu queria um nesse modelo também! — Charli falou observando o vestido.
— Vem eu te ajudo a procurar. — Segurei a mão da garota já que provavelmente nos perderíamos em meio a multidão da loja. — Nós já voltamos. — Avisei as meninas.
Após poucos minutos procurando vestidos no tamanho da Charli, achamos três que ela disse gostar e então fomos até o provador.
— Você quer que eu segure sua bolsa? — Perguntei do lado de fora do provador.
— Por favor. — Ela disse me estendendo a bolsa e eu coloquei no meu pescoço, já que segurava meus vestidos nos braços.
O provador também estava cheio, parece que não fomos as únicas a pensar em comprar roupas em cima da hora.
Após alguns minutos, chegou uma família. Uma moça, um moço e duas crianças. A mulher, aparentando estar um pouco estressada entrou no provador com as menininhas enquanto o homem ficou do lado de fora do provador, assim como eu, segurando as roupas das crianças.
Percebi que ele não parava de me olhar, talvez me conhecesse, olhei pra ele de relance e soltei um fraco sorriso fazendo ele se aproximar.
— Estou te observando a alguns minutos garotinha. Que belo corpo você tem! — Falou em um tom safado me olhando de cima a baixo.
Que nojo.
— O que? — Perguntei paralisada. — O senhor tem idade pra ser meu pai!
— Vamos, não tem muita gente aqui. Ninguém vai ver se formos no provador. — Ele dizia enquanto passava sua mão pela minha cintura.
— Com licença, eu não quero. Você pode parar de passar a mão em mim? — Falei aumentando o tom de voz e tentando desviar de suas mãos na minha cintura.
— Venha, vai ser gostoso, eu prometo! — Dessa vez ele passava a mão pela minha bunda.
— Sai daqui seu nojento! — Praticamente gritei com ele e Charli saiu assustada do provador.
— O que tá acontecendo aqui? — Ela olhou para o homem que a observou também.
— Esse nojento tá insistindo em passar a mão em mim mesmo eu falando que não quero! — Respondi atraindo atenção de algumas pessoas, inclusive da mulher dele que saiu rapidamente do provador pra ver o que estava acontecendo.
— Do que você tá acusando meu marido? — Falou segurando uma das meninas no colo. — Até parece que ele colocaria as mãos em você! Eu conheço o marido que tenho.
— Por que acha que eu inventaria uma história dessas?
— Me responda você! Por que um homem iria querer uma garotinha como você? — Ela perguntou.
— Ah me poupe! A senhora nem deve conhecer 10% do marido que tem! Que vergonha, você com duas crianças no colo e ele assediando meninas pelo lado de fora do provador. — Charli disse brava.
— Você tem noção do que está falando? Está acusando meu marido de assédio! E mesmo que fosse, olha o tamanho do vestido dessa garota, com certeza está pedindo pra ser assediada! — Ela gritou me fazendo ficar angustiada com aquelas palavras.
— Pelo amor de deus! Você é mulher deveria acreditar em outra mulher ao invés de dizer que estou pedindo pra ser assediada, sua louca! — Gritei e meus olhos se encheram de lágrimas.
— Era só o que me faltava mesmo... Diga pra ela que você não estava assediando ela! — Ela falava com o marido que até então observava calado a situação.
— Eu não fiz nada pra você. Não invente coisas para que eu pague por você na loja, isso é um antigo truque que garotinhas como você usam! — Falou.
— O QUÊ? — Gritei. — Seu nojento! Eu não preciso que você pague pra mim porque se duvidar com o meu trabalho eu ganho mais do que você, seu otário! É nojento de saber que ainda existe gente assim como vocês dois, sinceramente eu tenho pena das suas filhas. — Falei enquanto chorava e puxei Charli pra fora da aglomeração do provador.
Algumas mulheres vieram ver se eu estava bem e até me ofereceram uma água. Avani, Addison, Nessa e Mads que escutaram um pouco da confusão vieram até mim me abraçar e dizer que estava tudo bem.
Preocupada, a dona do loja veio me pedir desculpas pelo transtorno e disse que aquilo não voltaria a se repetir. Ela me pediu mil desculpas e pude ver o casal saindo com várias sacolas da loja, como se nada tivesse acontecido.
— Que nojo daquele homem! — Charli falou.
— O que aconteceu exatamente? — Avani pediu.
— Quando Charli entrou no provador ele chegou com a mulher dele e começou a me olhar. Pensei que me conhecesse ou algo assim mas depois ele começou a falar coisas nojentas do tipo ir no provador com ele e depois...
— Tudo bem, não precisa falar, já entendemos. — Addison falou. — Vamos pra casa, você deve estar cansada.
Fomos até o caixa pagar as roupas e depois fomos embora. Eu odiava o fato de ter que chegar em casa e conversar com Payton sobre o que acabara de acontecer mas era necessário.
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O Assédio pode ser caracterizado de maneira simples. Qualquer ação, olhar, gesto ou comportamento sexual indesejável não solicitados que fazem alguém se sentir desconfortável é assédio.
Lembrem-se vocês não estão sozinhos/as.
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oii gente, tudo bem com vocês?
eu achei muito importante escrever algum capítulo em crush sobre esse assunto porque já que tem muita gente que lê a fanfic, muita gente que passou por isso pode ajudar ou até ser ajudado.
qualquer tipo de assédio é preocupante, seja ele assédio moral, verbal, psicológico ou até sexual.
espero que tenham gostado do capítulo.
amo cada um de vocês!
ah, e eu escrevi uma fic nova, é sobre herophine, que já leu ou assistiu after vai gostar!
:)
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crush ツ payton moormeier
Fanfiction+paytonmoormeier || "finjam que eu não vou dizer isso, mas se eu sentasse nesse garoto ninguém me tirava de cima". onde alyssa confessa que adoraria sentar em payton moormeier. 18/12/2020 - #1 em paytonmoormeier ツ