Meu Amigo Predro

capitulate um

Esse é Pedro, estamos recém-casados prontos para sair para a lua de mel. Nem acredito que estamos juntos, depois de tanta tempo, as coisas que aconteceram, eu nunca pensei que ficaríamos juntos.

Vou contar como aconteceu.

Aos dezessete anos, em uma noite, levei meu amigo lá em casa.

— Quem esse aí John? — perguntou a minha mãe.

— Meu amigo Pedro, mãe.

Pedro é meu amigo desde os Catorze anos. Eu o conheci quando estava quase apanhando de uns babacas na escola, aqueles valentões que por ser mais velhos e fortes caem em cima com preconceitos, "viadinho, boiola". Os três me cercavam, começaram a me empurrar um para o outro.

— E aí bichinha, não vai fazer nada?! Vai seja homem!

— Me deixam ir. O que vocês querem?

— Te encher de porrada até você virar homem.

Eu me virei para olhar para quem tinha falado e por trás dele vinha o Pedro. "Droga lá vem, mais um...", pensei comigo.

Pedro tocou no ombro do cara e quando ele virou deu um soco na cara.

— Vão embora! Deixem ele em paz!

Os caras saíram rápido e deixaram só nós dois ali.

— Obrigado! Pensei que era mais um que vinha me perturbar.

— Não, tranquilo, não sou como esses otários preconceituosos.

Desde esse dia nós nos tornamos grandes amigos. Sempre com umas e outras piadinhas dos mal-amados, mas Pedro sempre relevava. Levava tudo na brincadeira, já eu tentava não pegar corda.

Naquela noite, em que eu levei ele na minha casa, Pedro e eu ficamos na sala assistindo um filme e conversando, lembrando de quando a gente se conheceu, nas festinhas de escola que íamos, conversa vai conversa vem ele acabou puxando o assunto.

— Ei John! Já contou pra sua mãe?

— O quê?

— Sobre você!

— Aaah. Ainda não!

— Conta, cara. Já tá na hora dela saber, você não acha? Mesmo que você não conte uma hora ou outra ela vai acabar sabendo e é melhor que ela saiba por você não por terceiros.

— Sim! Mas tenho medo dela não aceitar e acabar me expulsando de casa e nunca mais querer me ver.

— Entendo seu medo, mas John você não pode esconder isso pra sempre, logo ela só tem você, ela te ama muito, e o que você sempre me contou sobre vocês, ela não faria isso.

— É, talvez você tenha razão... apesar dela sempre ter estranhado, minha mãe nunca falou nada a respeito, sempre ficou calada.

— Então John, pensa nisso.

— Tá vou contar pra ela, mas vamos terminar de ver o filme...

— Qual o filme que vocês estão assistindo? —perguntou minha mãe ao se aproximar.

— É o Ghost.

— Há, eu gosto desse filme vou assistir também.

Minha mãe veio e trouxe até a pipoca, se sentou, ficamos assistindo. Foi até estranho e ao mesmo tempo legal assistir um filme com minha mãe, até então não tínhamos feito isso, o filme foi acabar quase meia noite.

— Muito bom o filme John, gostei, da próxima vez eu escolho. — comentou o Pedro, já levantando e se esticando.

— Tá certo!