вαиαиαѕ, ℓєιтє є кєт¢нυρ.

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⚘| Não mudei nada, só adicionei a música, okay? Okay.

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Quando Karol aceitou a proposta de trabalhar naquele supermercado para conseguir arcar com a despesa da independência, ela nunca pensou que arrumaria um cliente tão gostoso e provocador.

Até mesmo porque aquele supermercado - que em sua concepção era mais um hipermercado de tão grande - era o mais caro de toda a cidade, com marcas de renome. Até o fodido miojo conseguia ser de marca, o que provava que os clientes dali eram de um nível mais alto. Karol não se achava feia, mas sempre pensou que um cara que fosse ali se interessaria mais por outra pessoa rica do que por uma caixa.

Até conhecer Ruggero Pasquarelli.

O cara era modelo — ela quase engasgou com a própria água quando viu-o indo em direção ao seu caixa — e pelo que descobriu, era dois anos mais velho. Trabalhava com o pai na empresa da família, e tinha uma raba tão bonita que ela nunca se cansava de admirar quando ele se distanciava. Aquele cara era o sinônimo da perdição.

E ela quase perdeu a cabeça quando os primeiros flertes começaram.

Eram sutis, e cresceram com o tempo, principalmente porque ela deixou — quase explícito — que estava adorando as pequenas provocações do castanho maravilha. Agora, estavam em um nível que qualquer coisa poderia ser levada para um duplo sentido.

Ela soltou um sorrisinho quando viu-o se aproximar com a cesta de compras azul pendurada no braço. Ele não ficou atrás. O supermercado estava calmo e sua caixa vazia. Ela se debruçou na esteira, e ele ficou de frente para ela.

— O dia estava lindo, mas agora ficou ainda mais por eu estar te vendo, princesa.

— Que galante, gatinho. — Observou-o colocar os itens ali, e se afastou. Viu-o olhar discretamente para o decote pequeno de sua blusa de trabalho, e soltou uma risadinha. — Você gosta de vales, hm?

Ele maneou a cabeça em assentimento com outra risadinha.

— È, são... admiráveis. — Piscou, e desviou o olhar para as costumeiras prateleiras que ficavam pertinho do caixa. Os dedos brincaram com os produtos, pegando duas embalagens de preservativo. colocou na esteira, junto aos outros produtos e a olhou. — Vende quanto pra mim?

Karol pigarreou — havia engasgado com a saliva, mas fingiu ser um pigarreio — pela frase. O filha da puta havia usado de sua maestria com a voz para fazer a frase soasse como um "vem de quatro pra mim", enquanto empurrava os preservativos.

— Depende. — Pegou o cacho de bananas que haviam ali. Olhou-o. — Vai querer que eu coloque a banana em uma sacola?

— Com certeza.

— E como você guarda a banana? — Pesou-a e colocou-a em uma sacola. — Vai colocando de pouco em pouco?

— Eu prefiro botar tudo. — Apoiou as mão na beirada da bancada do caixa. — Mas também depende de quem vai comer. Você gosta de bananas?

— Gosto sim. — Continuou a passar os outros produtos. — Das grandes e grossas, principalmente.

Ruggero corou. Ela riu. Pegou a embalagem de leite. 

— Sabe... — Olhou-o, após bater o preço, empurrando a caixa para dentro de uma sacola de papel reutilizável que o supermercado oferecia. — Acho que o seu leite deve ser muito melhor o que o que eu provei na semana passada.

— Só acha?

— É que eu nunca experimentei dele pra poder afirmar.

— Não seja por isso, sabe que quando quiser experimentar é só pedir, não é?

— Sim. — Elevou o olhar para ele. — O que acha de hoje? Saio mais cedo, meu turno acaba as seis.

Havia jogado no ar, e já se preparava para uma possível rejeição. Tudo não passava de brincadeira certo? Só esperava que ele não contasse para seu chefe.

— Pode ser, te pego as seis então. Onde quer que eu te espere?

Ela piscou.

— Está falando sério?

— Sim. — Ele riu. — Abriu uma pizzaria nova perto do condomínio onde moro. Estou morrendo de vontade de ir lá, e uma companhia agradável é sempre bom.

— Companhia agradável?

— Você é agradável. — Piscou para ela. — Então, estamos combinados?

— Somente se não se importar em sair com uma garota vestida de jeans velhos e uma camiseta de banda antiga.

Ele riu.

— Não me importo, se você não se importar de sair com um modelo que come mais que a boca.

Ela sorriu.

— Estamos combinados, então. — Terminou de bater as compras dele. — Dinheiro ou cartão?

—Pra você, até de graça. — Ela revirou os olhos e riu com a clássica piadinha de duplo sentindo. —  Porém, dinheiro. Quanto deu?

— Pouco, mas quem sabe hoje não dou mais? — Piscou para ele. Viu-o corar. — Vinte e sete euros, Ruggero.

—Aqui. — Entregou as cédulas para ela e esperou-a retornar o troco. Estava eufórico internamente, nem mesmo viu-a anotar algo em sua nota fiscal. — Obrigado.

— Volte sempre. — acenou, enquanto ele se distanciava.

Ruggero saiu quase saltitante dali, e só dentro do carro — quando resolveu tirar as cédulas do bolso e passar para a carteira — viu o bilhete escrito em sua nota fiscal.

"Rosas são vermelhas.
Violetas são azuis.
Pizza é bom.
Mas o molho que eu quero só tem em tu.

Ansiosa para hoje à noite, se você vier. Meu número está atrás, caso aconteça algo ou for apenas uma brincadeira.
Um beijo bem leitoso.
Karol.

PS: Vai querer ketechupe?"

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Todos os créditos a: _xScar_

Vende quatro?Onde histórias criam vida. Descubra agora