Resgate

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14:10

   Lida estalou os dedos e um dos homens engravatados se aproximou do menor. O homem era alto, tinha músculos que indicavam a tamanha força do mesmo, tinha mãos grandes e robustas e no rosto tinha óculos escuros.

   O homem segurou o menor pelos braços, colando-os no tronco do brócolis.

- Sua última chance - Lida sorria - Onde está o seu celular ? -

Nenhuma resposta, Deku agonizava internamente, queria responder, gritar aonde que seu celular não estava com ele.

   Lida estalou os dedos novamente.

   Midoriya sentiu uma forte onda de energia, a sensação era de que tinha colocado um garfo na tomada, choques fortes corriam pelo seu corpo.

Trinta segundos, foi o tempo que aquela dor durou, até que parou, Izuku percebeu que aquela era a individualidade do homem que estava lhe segurando, eletricidade.

- Mais uma vez, onde está o seu celular ? -

Nada

  Novamente choques, 30 segundos, que pareciam mais ser horas para Izuku.

O homem parou.

- Onde está o celular ? - Lida ainda tinha um sorriso rosto.

As lágrimas se intensificaram, o menor ofegava.

   Outra onda de eletricidade, dessa vez mais forte, mais intensa, e mais dolorida. Quarenta segundos dessa vez.

Izuku chorava cada vez mais.

- Você é bem resistente. - Lida tirou seu sorriso do rosto.

   O homem soltou o menor bruscamente no chão e voltou para onde estava antes de Lida o chamar.

   Outro "homem" se aproximou de Lida. Mas Izuku percebeu que não era um homem, e sim uma mulher. Ela soltou seu cabelo, que estava amarrado em um coque, e tirou seus óculos.

   Seus olhos eram lindos, eram únicos, tinha um degradê de rosa para roxo, pareciam que eram feitos a mão.

- Por que você precisa ser tão chato, é só falar onde tá seu celular ? - Lida resmungou.

   A mulher estendeu a mão para o menor, seus olhos começaram a brilhar. Deku percebeu que seu corpo estava sendo erguido mas não havia ninguém o segurando.

- Seu celular ? -

Nada.

   Izuku sentiu algo horrível, sentia seu corpo mudando, seu órgãos pareciam que iam explodir, seus ossos rangiam, uma dor insuportável tomou conta do corpo do menor, e a única coisa que conseguia fazer era chorar. Ele queria gritar, mas nada saia de sua garganta, sua pele ardia, ele não sabia qual era a individualidade daquela mulher, mas era algo forte.

Isso se repetiu mais duas vezes, Lida perguntava e Deku não conseguia responder, as dores ficavam cada vez mais fortes, até que na terceira vez, Deku sentiu um de seus ossos rachar, não quebrou, mas só a rachadura foi o suficiente pra fazer Izuku agonizar arduamente em dor.

- Você é insuportável mesmo em... - Lida bufava de raiva - MAIS FORTE - ele gritou para a mulher.

- Mas senhor... -

- EU DISSE MAIS FORTE. -

- SE EU COLOCAR MAIS FORÇA VOU MATA-LO - ela colocou-o no chão

   Lida estava prestes a gritar novamente com a mulher quando um forte estrondo vindo da entrada da fábrica chamou a atenção de todos.

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