01 | doce infância

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— Mamãe! Tia Pas! Olha castelo eu fiz! — Camille dizia pausadamente, com um pouco de dificuldade

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— Mamãe! Tia Pas! Olha castelo eu fiz! — Camille dizia pausadamente, com um pouco de dificuldade.

A mini-monegasca já estava conseguindo montar frases com quase nada de dificuldade, o que era impressionante para uma criança de quase 3 anos de idade. O vocabulário normal da maioria das crianças dessa idade é em torno de 100 a 200 palavras e com dificuldade para montar frases, mas jovenzinha já vinha mostrando que estava superior a essa taxa.

Desde bebê, Camille apresentava traços de superdotação. Além do seu vocabulário avançado para a idade: era um pouco inquieta e havia aprendido a gatinhar e andar mais cedo; sem contar da sua curiosidade absurda e a incrível capacidade de aprender rápido. Ela era o tesouro de Laura e Fernand Bellerose.

As duas amigas desde a adolescência, Laura Bellerose e Pascale Leclerc, que estavam sentadas em duas cangas de praia sobre a areia, alguns metros distante das três crianças, direcionaram suas atenções a menina.

Camille que vestia um maiô rosa bebê e estava com os cabelos castanhos mel amarrados num rabo alto com um elástico combinado com a cor de seu maiô, estava parada ao lado do seu castelo de areia com os braços para trás e um enorme sorriso no rosto. Naquele momento, Laura pensou em como era grata por ter seu bebê, que era o maior orgulho de sua vida. Já Pascale, era como uma segunda mãe, considerava Camille a filha que nunca teve, e sentia algo parecido com Laura, mas não tão intenso.

— Que lindo, meu amor! — sua mãe dizia emocionada.

Camille havia conseguido fazer um castelo muito bonito para a sua idade, sendo assim, mais um traço de superdotação que apresentava.

— Vem aqui com a mamãe, porque você tem que passar mais protetor para entrar no mar depois — dizia, enquanto retirava o mesmo de dentro de sua bolsa.

Apenas por ouvir as palavras "protetor" e "mar", Camille sabia o que significava e, foi correndo até sua mãe e tia Pascale com os braços abertos. Ela abraçou Laura, que depositou milhões de beijos no cabelo da menor.

— Vou chamar os meninos para passarem também — Pascale disse — Charles! Arthur! — gritou pelos dois.

Os dois irmãos, que antes faziam buracos na areia como se fossem geólogos, agora estavam aprontando. Arthur estava dentro de um dos buracos e Charles, que tinha um olhar de sapeca, enterrava o irmão mais novo. Os dois eram verdadeiras encrencas.

Lorenzo, o irmão mais velho resolveu não vir. Como ele mesmo dizia, foi fazer coisa de "homens e não de crianças" com seu pai - Hervé - e Fernand, marido de Laura e pai de Camille.

A Bellerose mais velha havia acabado de passar protetor na filha, e quando a mais nova se virou e viu Charles chutando seu castelo de areia, ela não respondeu por si própria.

Ela ficou vermelha que nem um pimentão, e começou a andar de pés duros eu direção ao mini-monegasco mais velho que ela, que se divertia com a cena.

B'Shert ⋆ Charles Leclerc - ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora