capítulo 6

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April on #

Acordei num quarto desconhecido. Outro? Será que ainda estou a ter um pesadelo? Algo me disse que não, algum barulho me estava a incomodar e foi aí que caí na realidade. O barulho vinha de uma máquina aonde eu estava ligada. quando olhei em direção ao barulho vi uma máquina na qual eu estava ligada. Mal me conseguia mexer então arranquei todos os fios, o que me magoou e não foi pouco. Ainda meia atordoada consegui identificar que estava num hospital. "Ótimo era só esta que me faltava" pensei eu. Curiosa como sou decidi sair do quarto. Quando saí, deparei-me com um corredor totalmente vazio. Senti um arrepio pela espinha acima, mas decidi continuar. Continuei a percorrer corredor até finalmente chegar ao fim, algo me chamou para uma sala. Eu estava com medo, um sentimento que eu sentia constantemente desde o dia do acidente. "Bem isto não pode ficar pior, o que tenho a perder? " pensei eu novamente. Assim o fiz, entrei e vim um corpo que parecia de uma mulher tapado por um lençol, reparei que tinha uma braço fora do lençol que tapava o corpo da tal mulher, olhei melhor para o braço da mulher e reparei que da sua mão pingava sangue, onde já tinha uma poça bem visível do mesmo. O corpo permanecia imóvel assim como eu, aproximei -me do corpo lentamente e depois de minutos que pareciam horas, decidi ver quem era. Depois de ganhar coragem destapei a cara... eu não queria acreditar, isto não poderia estar a acontecer comigo. Depois de tanta coisa que eu passei acontece-me isto? Milhares de pensamentos passaram pela minha cabeça e involuntariamente soltei uns berros que se ouviu no hospital todo. É no segundo seguinte que apareceram médicos por todo o lado e afastaram-me do corpo da mulher pela qual ganhei um grande afeto e carinho, a mulher que cuidou de mim como se fosse sua filha/ neta, a mulher que todas as noites vinha a correr para o meu quarto embora a idade não lhe permitisse correr ela não se importava minimamente, e lá estava ela para me ajudar sempre que eu tinha um pesadelo ou um ataque de pânico... os médicos sem dó nem piedade tiráram-me da beira da minha querida Graça. Depois de oferecer muita resistência lá os deixei levarem-me para o quarto onde anteriormente me encontrava, depois de me porem os milhares de fios que me ligavam à máquina saíram do quarto deixando alguns calmantes. Várias perguntas passavam pela minha cabeça como: "com quem vou ficar agora" ou " o que aconteceu à Graça" ou " Como vim parar ao hospital e porquê". Despertei dos meus pensamentos mal ouvi alguém a bater à porta.

- Posso menina April? - perguntou o meu " médico de família" um bocado irónico até porque não tenho família ou melhor depois do acidente... a única família que tinha era a Graça, mas esta parece ter me " abandonado".

- Sim - murmurei.

- Suponho que queira saber porque está aqui!?

- E não só!- falei já um bocado alterada.

- Ontem a sua amiga Mia ligou para aqui a dizer que não estavas muito bem..- interrompi.

- Não estava muito bem como?

- Segundo o que a sua amiga me contou, ela tinha te deixado no quarto de hóspedes pois não estavas muito bem devido a uns acontecimentos, ela e a sua amiga estavam a ver um filme quando ouviram a menina gritar e quando chegaram ao quarto disseram que estavas a tremer, a deitar espuma pela boca e com os olhos revirados. Ou seja estavas a ter um ataque de convulsão.

- Pode explicar melhor o que é uma ataque de convulsão?- perguntei curiosa, afinal tem haver com a minha saúde.

- Uma ataque de convulsão é quando o corpo de uma pessoa, numa questão de segundos sobe rapidamente a temperatura corporal, começando assim a tremer e a revirar os olhos e nos piores casos as pessoas deitam espuma pela boca.

- Isso quer dizer que eu estive nos piores casos?

- Exatamente!

- Pode-se morrer com um ataque de convulsão? Como se pode prevenir os ataques?

- Não dá para prevenir, simplesmente tem de se esperar que acabe. E sim muita gente morre por causa dos ataques.- arregalei os olhos.

- Então como é que não morri?

- Teve sorte menina April, teve sorte!

- Bem que podia ir desta para melhor

- Não digas isso! Já pensaste que neste momento em que disseste essa frase estão muitas crianças a lutar pela vida? E tu não estás a dar valor à tua!

- É fácil falar! Eu não tenho família fui adotada e a pessoa que me adotou está neste momento sem vida tapada por um lençol que já serviu para tapar não sei quantas pessoas mortas deste hospital. Eu já não tenho ninguém! Vou para onde agora? Tenho 16 anos é provável ir outra vez para um orfanato - disse a chorar.

- Não é bem assim, tem de se animar April! Não estás sozinha eu e um agente da polícia que é meu amigo esteve à procura e encontrou um familiar da D. Graça! Tem 21 anos como é maior de idade pode tomar conta de si, já entramos em contacto com ele e disse-nos que não se importa de tomar conta da menina até ser maior de idade.- um enorme sorriso apareceu nos meus lábios e não pude deixar a minha curiosidade de lado e tive mesmo de perguntar.

- E quando o posso conheçer?- foi ai que ouvi um barulho vindo da porta.

- Posso?- perguntou um rapaz com cabelo cacheado.

- Bem eu tenho de ir qualquer coisa já sabes April é só clicar nesse botão! Ah já me ia esquecendo esteve aqui a mãe da sua amiga Mia, ela esteve a noite toda à espera de notícias e já a pus a par da situação. Bem tenho que ir tratar doutros casos fiquei à vontade! - disse saindo do quarto ficando apenas eu e o ser com cabelo cacheado.

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Como eu disse não tenho tido muito tempo para atualizar por isso peço imensa desculpa. Não vou apagar a história HEEEEEEEE ;) !!!
Espero que estejam a gostar eu sei que está pequeno e tal... mas é o melhor que posso fazer sorry :/ Agradecida que comentassem. O Hazza faz hoje anos!!!

 ( h.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora