*Capítulo 27*

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Chase continuou me abraçando por um
tempo até Lipe o catucar e ele se abaixar
para ouvi-lo.

- O que vai acontecer agora? Mamãe não
vai mais chorar? - O menino pergunta com o mesmo brilho nos olhos que estava quando chegamos.

- Não. Mas não vai ser tão fácil... quero
que cuide da mamãe. Posso contar com
você? - Lipe assente sorrindo e depois se
vira pra mim. - Obrigado Char. Você é um
anjo né? - Ele pergunta me fazendo rir.

- Não, não sou. - Respondo sorrindo.

- É sim. - Chase coloca o braço sobre
meus ombros. - É o anjo que Deus colocou na minha vida. - Ele me da um beijo na cabeça e eu acabo sorrindo com isso.

Tamora veio até nós e devolveu
o celular do Chase.

- A Polícia já está a caminho. - Ela fala
e olha pra mim. - Eu... eu nunca vou
ter como te agradecer. - Ela me abraça
novamente. - Me desculpe pelo tempo que fiz você perder aqui comigo.

- Não foi perda de tempo alguma. - Sorrio. -Foi um prazer conhece-la.

- O prazer é todo meu. - Ela sorriu.

Ficamos um tempo esperando até que a
polícia chegasse. Assim que a sirene soou pela rua, o homem finalmente acordou.

- O que... o que houve? AH! - Ele da
um gemido ao por a mão na cabeça e
provavelmente sentir dor.

- Vieram te buscar. - Chase fala
calmamente e o homem arregala os olhos.

-O que??? Não!! - Ele levanta desesperado e vai até a porta. Porém, ao abri-la deu de cara com a polícia que já reagiu o algemando.

Aquela cena foi triste. A mãe de Chase
parecia querer chorar ao vê-lo sendo
levado, porém permaneceu firme e
abraçou seus filhos.

Eu nunca havia presenciado tal cena, mas eu não me arrependi de ter ido.

Depois de toda a confusão, eu e Chase
já estávamos na porta do apartamento
prestes a ir embora.

- Sempre que precisar de algo, me avise,
ok? Eu venho na hora ou dou um jeito demandar algum dinheiro. - Chase fala
enquanto acariciava o cabelo de sua mãe.

- Pode deixar meu filho. E obrigada por
tudo. - Ela o abraça uma última vez e
depois se vira para mim.

- Obrigada novamente. Espero te ver mais vezes. - Ela sorri. - O que você cursa?

- Enfermagem.

- Nunca pensou em ser psicóloga? -
Ele pergunta me fazendo rir. - Até mais
querida. - Ela me da um último abraço
e depois vai até o ouvido de Chase e
sussurrou. - Ela é a pessoa certa para você. A faça feliz. - Acabo escutando e sinto minhas bochecha queimarem.

Eles se despediram e logo eu e Chase
saímos de la e voltamos ao carro.

Entramos e ele ficou um tempo olhando
para frente sem dizer nada. Eu não o
interrompi... Acho que ele precisava muito de pensar.

Ele continuou um tempinho em silêncio
até que suspirou e se virou pra mim.

- Char, eu... - Ele olha para as mãos e depois olha para mim de novo. - Eu não sei nem o que dizer depois do que fez por mim e por minha mãe.

- Você não tem que me dizer nada e nem
precisa se sentir em dívida.

- Como não vou me sentir em dívida com
você?

- Eu fiz o que fiz porque é o certo. Porque
você é meu amigo e eu me importo.
Porque eu não suporto ver nenhuma
mulher sofrer na mão de homem nenhum!- O encaro.

- Eu espero um dia poder recompensar. -
Segurei sua mão.

- Não se preocupe com isso. Ver o sorriso no rosto da sua mãe, do Lipe e no seu rosto já me recompensaram. - Sorrio pra ele. - Tem um sorriso muito bonito.

- Você é que tem o sorriso mais lindo que já vi. - Ele fala me olhando e eu sorrio timidamente.

Foi meio que automático, nós nos
aproximamos devagar até que faltavam
poucos centímetros para nossos rostos se chocarem. Muitas emoções me invadiam naquele momento, eu estava em plena  sinestesia e não conseguia nem pensar no que estava fazendo.

Quando eu pensei que finalmente iríamos acabar com o espaço que nos separava, Chase me surpreendeu. Ele colocou sua mão na minha bochecha e sorriu pra mim.

Logo depois me deu um beijo na testa e e me encarou.

(Ainda não foi desta o beijo do nosso casalinho😂❤)

- Eu te respeito. Nunca uma garota
despertou em mim o que você desperta.
E eu não quero te tratar como tratei as
outras. Não posso perder esse anjo que
caiu na minha vida. - Ele fala sorrindo e eu sinto que fiquei ainda mais vermelha.

Eu estava totalmente surpresa. Eu nunca
esperaria por aquilo vindo dele e... naquele momento tive absoluta certeza de que gostava dele. E talvez ele não fosse um idiota como eu imaginava.

Você acertou coração! Pela primeira vez!

Chase se afastou de mim e logo deu
partida no carro. No meio do caminho
senti minha barriga roncar e vi no celular
que eram 13h45. Já tinha super passado
da hora do meu almoço.

Eu não disse nada, apenas estava esperando Chase nos levar de volta a
República para que eu pudesse comer.

Porém Chase não fez isso.

Ele entrou numa rua e parou em frente a
um restaurante todo feito de madeira, era bem rústico.

- Ta com fome né? - Ele ri.

- Um pouco. - Rio junto com ele e nós
saímos do carro.

Chase seguiu para dentro do
restaurante e eu fui atrás dele apenas
analisando o local. Era muito bonitinho!
Vários quadros, tudo feito com madeira,
bem colorinho e ao mesmo tempo bem
humilde. Era confortável e agradável.

Chase me levou até uma mesa perto
da parede em que havia uma quadro da
Monalisa fumando.

- Não é luxuoso, mas era o lugar favorito
do Lipe. Vinhamos eu, ele e minha mãe. -
Ele sorri encarando o lugar.

- É uma gracinha. - Sorrio pra ele.

- Então, você sabe bastante sobre
mim e minha família, mas eu não sei
absolutamente nada sobre você e a sua. - Ele ri.

- Ah... Não tem muito o que saber. Somos uma família comum, morei toda minha vida com meus pais e minha irmã mais nova que é completamente maluca por coreanos. - Falo e ele ri.

Meu celular apitou e eu vi que era uma
mensagem de um número desconhecido
no meu whatsapp. Abri a foto do perfil e
reconheci facilmente o Christopher nela.

Abri a mensagem e li.

Mensagem on

Cristopher- Oi Char! Quando chegar, da um pulinho aqui no jardim de trás. Tenho uma coisa pra você.

***

Continua......

~• 𝙀𝙐 𝙉𝘼𝙊 𝙏𝙀 𝘼𝙈𝙊, 𝖼𝗁𝖺𝖼𝗁𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora