Capítulo Único

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Buenassss madrugadas, pessoas!

Eu estou muito atrasada para postar essa história, mas aqui temos mais de 10k de palavras, então eu acho justo a demora! Também foi uma ideia desenvolvida com o casal para subestimado de Heróis do Olimpo: HEDGE E MELLIE PODE ENTRAR!!

Em honra ao #2020daDiversidade do mês de março, temos aqui uma fic que fala do que realmente é uma vivência de alguém com corpo fora do padrão!

Espero que gostem :)

LEIAM AS NOTAS FINAIS!

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Tudo começou com uma reunião de professores, era sexta-feira à noite e a final de basquete da NBA já deveria estar quase no terceiro tempo, Hedge preferia mil vezes estar em casa comendo salgadinhos e bebendo sua cerveja gelada do que ficar sentado numa cadeira dura e fria para discutir sobre os eventos de fim de ano da escola. Pelo o amor dos deuses, ele preferia estar desfilando numa passarela só com as roupas de baixo do que estar ali. Aquela sala tinha um aquecedor horrível e estava nevando lá fora, além disso, ele estava com fome.

Gleeson Hedge era só mais um treinador de uma cidadezinha interiorana que fazia muito frio em novembro, suas tarefas eram treinar o time de futebol americano e dar aulas de educação física, ele não entendia o porquê de estar ali se ele nem sequer aplicava provas de recuperação ou fazia eventos de fim de ano. Maldita escola e seus regulamentos, ele nunca esteve tão arrependido de gostar de lecionar esportes quanto agora.

De qualquer forma, ele e mais quinze professores estavam sentados em círculo, uns de frente para os outros, em cadeira brancas desconfortáveis e discutindo uma pauta por vez. Até agora nada que Hedge realmente tivesse o que falar, embora ele tenha ficado realmente tentado em perguntar o porquê de o tapete vermelho ser tão importante para um baile de inverno que é como qualquer outro baile que acontece todo fim e início de semestre letivo, principalmente queria perguntar por que isso seria uma pauta válida para a reunião se eram os alunos que organizavam o baile.

Agora eles estavam falando sobre a peça de fim de ano, sobre como eles precisavam de mais professores para ajudar no evento e sobre como seria algo muito importante para a comunidade estudantil. Bem, Hedge gostava de musicais, mas ele não curtia muito a ideia de ter que ficar checando se todos os adolescentes sabiam suas falas e suas marcações. Ele poderia falar que não poderia e inventar alguma outra coisa muito importante pra fazer ou sei lá, mas então uma das professoras olhou para seu rosto e depois para a janela e disse:

— Será que não deveríamos dar uma pausa de cinco minutos? Está muito frio e talvez um café pudesse fazer com que todos nós consigamos discutir com mais coerência. Certo, treinador Hedge? – Gleeson Hedge gostaria de ter respondido com uma resposta atravessada, mas o sorriso doce da professora só o fez assentir com a cabeça quase corando.

Corando! Ele! Pfff... Mas ok, talvez ele só estivesse ficando com frio mesmo, quer dizer, havia vários motivos pela qual a cara de alguém começa a ficar vermelha do nada.

O diretor da escola, Dionísio, pareceu ficar mais empolgado com o intervalo do que com toda a reunião, então o coordenador Quíron formalizou o intervalo. Hedge foi o segundo a levantar, apenas porque o primeiro sempre é visto como desinteressado nessas situações, mas uma vez em pé, ele andou em linha reta até o banheiro para passar uma água no rosto e buscar algum motivo no celular que o pudesse sair daquele pesadelo burocrático sem parecer antiprofissional. Afinal, ele era muito profissional, mas aquela reunião era ridícula.

Era tão ridícula quanto aquela revista da semana passada que dizia que professores de educação física sempre se mantinham em boa forma e nunca eram gordos e etc. Essa revista fez Hedge encarar o espelho e pensar em fazer dieta ou gritar com o nada, mas minutos depois ele só optou por mandar uma carta para a revista dizendo que a informação estava errada e generalizada. Quem dera Hedge pudesse mandar uma carta para a diretoria agora dizendo que a reunião era equivocada e generalizada demais para ele ter que estar ali. Hedge queria poder falar isso, mas ele também queria continuar empregado.

Just The Two Of Us - Hedge & MellieOnde histórias criam vida. Descubra agora