ᴍ ᴇ ʟ ᴢ ɪ ɴ ʜ ᴏ

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Respostando...

Só pra deixar claro, essa one contém uma cena onde ocorre o "ato", não completo, mas não deixar de ser o "ato"...

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— Então... você multiplica esse dois com esse três, e tira a raiz desse dezesseis antes de...

Por mais que Ruggero falasse, Karol não estava prestando a devida atenção. Seu foco e atenção estavam voltados para outra coisa.

Ser uma boa aluna não a impedia de ter dúvidas. Karol era inteligente, mas física não era seu ponto forte. E foi assim, em busca por alguém que pudesse ensina-la, que ela acabou próxima do mais charmoso jogador de basquete do colégio, que precisava de uma ajuda em francês. Com um acordo do tipo "uma mão lava outra", já completava seis semanas que se encontravam em uma parte privativa da biblioteca do colégio.

Nas quartas, Karol explicava-o tudo que sabia sobre gramática e literatura, nas quintas, ele tirava-a todas as dúvida que possuía sobre matemática e física. Com aquela troca, as notas subiram e as conversas também. O que começou tímido e até mesmo restritivo a poucas conversas entre explicações agora perdurava por outras horas do dia, como quando trocavam mensagens de texto ou quando de encontravam no corredor.

E Karol — que nunca foi fã de atenções — acabava se tornando o centro do corredor quando Ruggero puxava-a para delicados beijos na testa e perguntas doces sobre como havia sido seu fim de semana, ou como ela tinha ido na prova extracurricular do curso de espanhol. Sua boca macia e delicada sempre se movia com uma graça tremenda, e não era menos do que fofo o jeito que ele a tratava.

— Karol?

O estalo dos dedos de Ruggero fora suficiente para voltá-la a realidade, desviando o olhar de seus ombros tentadoramente largos para seu rosto. Ele a encarava com um lhano indescritível em seus olhos castanhos, e uma calmaria quase palpável que transbordava através de seu ser luzente.

— D-Desculpa... — Gaguejou, um pouco sem graça por ter sido pega em seus devaneios. — Eu... viajei.

— Percebi. — Ruggero soltou uma risadinha anasalada enquanto fechava o livro. Apoiou o cotovelo sobre a capa, o rosto contra a palma branquela da mão e acabou sorrindo, exibindo os dentes brancos e retilíneos que tinha. — Ficou entediada, não é? Quer parar um pouco? Respirar...?

— Po-Pode ser...

Karol automaticamente sorriu, um pouco desengonçada. Ruggero retribuiu antes de puxar a mochila. Foi quando Karol percebeu um pequeno estojo no fundo. Franziu o cenho e o encarou.

— Você usa óculos?

Ruggero devolveu o olhar, repentinamente envergonhado.

— Só em algumas aulas, quando sento no fundo.

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