John, que estava indo para seu lar, percorre a ala do prédio onde sua casa está, procurando pelo número certo e contando qual seria o mesmo.
— Setecentos e um, setecentos e dois.. aqui! — Exclama com empolgação, visto que conseguiu achar o número de sua casa.
— Por que eu sempre esqueço a droga do número? — Pergunta o rapaz, curioso.
Anda pelo tapete velho que cobre todo o chão da ala principal, batendo a poeira daquele tapete em seu rosto sem querer. Enfim, chega a porta de seu lar doce lar, e dá três leves batidas nela, esperando por alguma resposta.
— Janna! Sou eu! — Exclama o criminoso, chamando por alguma mulher chamada "Janna".
Quando o homem chama a mulher para abrir a porta, consegue ouvir murmuros que parecem estar reclamando de algo, mas por ser baixo demais ele não conseguiu saber do quê. Enfim, ela abriu a porta; era uma adolescente, parecia ter cerca de quatorze anos, cabelo escuro como o de John, vestindo um pijama azul claro.
— Você sempre esquece a chave, né, John? Na próxima eu não atendo. — Reclama a menina, brava e cansada — era quase uma da manhã na hora —.
— Eu tenho meus motivos, Jan. — Ele beija a testa da garota e adentra o seu lar, deixando a maior parte das suas roupas em um cabide perto da porta.
Quando entra, consegue ver uma pessoa, que parecia ser pequena, bisbilhotando seu quarto enquanto brinca com panelas velhas. Vendo isso, John correu até seu quarto.
— James! Meu campeão! — Exclama o mercenário, correndo para dar um abraço longo e apertado no que aparentava ser seu irmão mais novo.
— John! — Exclama a criança, feliz demais por ter seu irmão mais velho em casa e por ter uma companhia que o ame também.
John tem dois irmãos que vivem em um condomínio junto com ele, sustentados pelos crimes que ele comete, matando pessoas com vidas sustentadas pelo crime e quem o seu "entregador" mandar exterminar. Ele precisa pagar a escola dos dois, sustentá-los e cuidá-los enquanto faz seu "trabalho" o que o deixa cansado.
John, reconfortado por ter o conforto de sua família em seus braços novamente, faz o seu irmão mais novo dormir e ir para seu devido quarto, para se acomodar melhor. Seu quarto possuía paredes descascadas, que, originalmente, pareciam amarelas, mas era difícil de distinguir. O chão era formado por tacos de forma irregular e mal feita. Algumas peças faltavam e eram ruins de pisar.
Deita em seu colchão que possuía desenhos de flores desbotadas, suportado por uma cama de madeira quase rachando, que, sinceramente, não parece confiável.
Acomoda-se ouvindo a transmissão do rádio cheia de chiados, mas compreensível. O jornalista falava baboseiras que envolviam "economia" e "bolsa de valores" coisas que, na época, não tinha nenhuma importância mais, já que as pessoas se sustentavam por si próprias e não pelo estado. Com fome, John levanta-se da cama, indo em direção da cozinha para buscar algo para comer. Abrindo a geladeira, vê uma zona que provavelmente foi causada pelo caçula. Panelas abertas, potes violados e uma desorganização completa. Fazendo uma busca boa, achou um resto de carne fria e comeu. Insatisfeito, deitou na cama e descansou um pouco para aliviar a fome.
Deitando na cama, ouviu um rangido estranho, que na verdade era a madeira da cama quase quebrando, a sorte dele foi ter acontecido tudo certo e ela não ter quebrado. Fechou os seus olhos, e finalmente começou a descansar, e descansar, até dormir..
— John! — Uma voz surge do além de sua dimensão astral, de onde não pode ser visto e nem ouvido.
O homem desperta de um sono quase profundo, e olha cansado para seu irmão mais novo, que o chamava incessantemente com uma cara desesperada por atenção, ou por sei lá o que ele queira.
— O que foi, James? São três da manhã. — Ele interroga o menino, quase caindo no sono.
— Não consigo dormir. — Diz o menino, com a cara fechada.
— Ok, campeão. Vem para o seu quarto que eu lhe conto uma história, combinado? — Pergunta o homem, levantando-se da cama e levando o irmão no colo, o que não era muito difícil.
— Qual vai ser o livro que você vai ler? — Perguntou o caçula.
— Não vai ser um livro, apenas uma história que veio.. da minha cabeça. — Respondeu o maior.
"Era uma vez, um homem sonhador, que vivia em um belo reino, com uma família excepcional. Esse mesmo homem queria se tornar o rei, porque queria ajudar o povo pobre e tornar o reino um lugar melhor. Ele cresceu, só que ao mesmo tempo que ia crescendo, ia percebendo que o mundo é um lugar injusto, pobre e com pessoas más; e que não era para ele. Mas, o homem era uma pessoa de fé, e não se abalaria. Estudou, malhou, se disciplinou e finalmente chegou o dia.
Conheceu a família do rei, e quando começou a falar de suas propostas, ele foi humilhado! O rei e sua família eram terríveis, esnobes e sem graça. Então, em prantos, o homem saiu do reino de forma sagaz e virou um andarilho. Junto, levou dois passarinhos, um era macho, e bem pequenininho, outra era fêmea, e um pouco maior. Esses passarinhos eram os seus maiores amigos, e o ajudavam em todo o lugar. Então, o jovem sonhador conheceu um amigo, alguém muito simpático, que lhe ofereceu um negócio. Era simples, ele engendraria armadilhas em cavaleiros e pessoas importantes, assim ganharia comida todo o dia! Foi perfeito, mas o que foi mais perfeito ainda, foi que os dois tinham os mesmos ideais. Então, juntos, conseguiram invadir aquele reino injusto e se tornarem reis, deixando assim o reino excelente e renovado."
— Uau, mano! Que divertido! — Disse James. — De onde você tirou essas histórias?
— Ah, eu sou criativo. — Olhou para o lado, como se estivesse escondendo algo, mas para o bem de seu irmão caçula.
— Legal. Essa história é verdadeira? — Perguntou o menor.
— Eu espero que seja, maninho, eu espero.. — Respondeu ele.
— Como? — Indagou o caçula.
— Nada.
John foi para o seu quarto e James dormiu feliz, sabendo que o sonhador iria ganhar daquele reino corrupto. Mas, eis a questão, será que ele realmente vai ganhar?
— O dia de amanhã será incrível.
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Os inimigos do Estado.
Mystery / ThrillerA grande depressão, 1929. O mundo não está fácil, muito menos para John, que decide criar um movimento para derrubar o estado criminoso.