32 The Gift.

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SURPRESAAAAAAAA! Oi, carinhas.                  
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O vento gelado bate em meu corpo, alguns fios soltos de meus cabelos voam em frente ao meu rosto, fazendo-me sentir algumas cócegas em minha pele. O silêncio que paira por ali apenas me fazer pensar mais e mais sobre tudo. Pensar que a quase três meses atrás eu ainda não suportava Regina, pensava estar presa em um universo paralelo e que a qualquer momento eu iria voltar para a minha casa, a verdadeira casa. Tinha certeza que era uma adolescente terminando o colégio, que todo aquele pesadelo era apenas um sonho ruim.

                     
Como a Emma do passado poderia imaginar que treze anos depois de repudiar a idéia de casar com Regina Mills se tornaria algo real no futuro? Nunca. Se eu pudesse voltar e dizer isso para ela pessoalmente, provavelmente veria um suicídio de mim mesma.

                     
Passei anos da minha vida odiando e repudiando a presença constante de Regina, no início meu ódio era apenas por ela ter sido uma idiota. Mas depois ela começou a se mostrar ainda mais idiota do que era, e isso fez um ódio começar a nascer dentro de mim. Eu simplesmente não podia ouvir falar dela, ou o nome dela. A presença dela no mesmo lugar que eu me fazia ter crises asmáticas. Tudo em Regina me fazia não gostar dela, era como se eu fosse alérgica a ela. Tecnicamente eu era mesmo.

                     
E então eu me pergunto... Como viemos parar aqui? Sei que ela já me contou sobre nosso primeiro beijo, mas não me contou o motivo que eu quis me afastar dela depois disso, além do medo que eu devo ter sentido, é óbvio. Porque bem... Ela era como minha inimiga, e eu não a suportava. Bem lógico eu ter ficado apavorada após beijar ela, certo? E segundo ela, foi eu quem tomou a atitude para que o beijo rolasse.

                     
Talvez eu só quisesse fazê-la calar a boca.

                     
Ou talvez a Emma do passado quisesse descobrir porque as garotas se apaixonavam por Regina.

                     
Pode ter sido curiosidade.

                     
Ou talvez, mas só talvez um pouco de atração.

                     
— Não está com frio?

                     
Ouço uma voz atrás de mim, olho para o lado a tempo de ver Regina passar pela porta de vidro, duas canecas em suas mãos. Sei que é algo quente, pois é possível ver a fumaça sair pelo topo de ambos os copos. Sorrio para ela, ajeito-me no banco e dou espaço para que ela possa sentar ao meu lado.

                     
— Na verdade não.

                     
— Aqui, café com creme, do jeito que você gosta. – Me estende a caneca branca com desenhos de patinhos. Regina passa um braço por cima dos meus ombros e me puxa para perto dela, inclino a cabeça para trás e me apoio em seu ombro. — O que tanto pensa? Parecia bastante concentrada quando eu cheguei aqui.

                     
Levo a caneca até os lábios e sorvo um pouco do café, soltando um suspiro de satisfação pelo gosto maravilhoso da cafeína mesclando com o gosto doce do creme de baunilha. Regina sabe tudo do jeito que eu gosto, por isso é a esposa perfeita.

                     
— Estava tentando me lembrar dos nossos tempos de escola. Queria entender um pouco mais sobre nós duas. – Bebo um grande gole do café, sinto os dedos dela acariciarem meu ombro esquerdo. — Minha mente parece ter uma grande bolha de nada, eu só consigo me lembrar claramente de algumas coisas. Porém, nada importante.
                                                             
— Me pergunte, talvez eu consiga te fazer lembrar.

 👑 SᴡᴀɴQᴜᴇᴇɴ √ •Aᴍɪɴᴇsɪᴀ•Onde histórias criam vida. Descubra agora