Capítulo 2 - Eu perdi tudo!

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- NÃO!

Meu corpo gelou, senti o ar saindo de meus pulmões, meu coração não sabia como ainda estava no peito ou melhor quase saindo da garganta.

Lágrimas e mais lágrimas e mais lágrimas saiam do meu rosto enquanto minhas mãos tampavam minha boca enquanto eu tremia por inteira sem nem conseguir piscar ou tirar os olhos daquela cena.

- MÃE! THIAGO! MATHIAS! - gritei ao ver seus cadáveres no chão. 

Minha mãe,meu irmão, o melhor amigo do meu irmão que também era meu melhor amigo estavam ali. Mortos. Sangue e mais sangue no chão formando uma trilha que se eu seguisse levaria até a cozinha que era um pouco longe da sala. Os três estavam ali mortos.

Mamãe tinha dois cortes no pulso que só de olhar dava para ver que eram fundos, Thiago um corte também fundo na garganta e Mathias dois cortes também fundos na barriga.

Às perguntas de como e quando havia acontecido inundaram minha cabeça e minhas mãos tremeram mais. Eu senti meus joelhos baterem no chão, visto que eu tinha perdido totalmente minhas forças e estruturas ali.

- NÃO! NÃO! O QUE ACONTECEU AQUI? - disse entrando dentro de casa e me ajoelhando no meio de meu irmão e minha mãe - Mamãe... Maninho... Mathias! - sussurrei enquanto soluços saiam da minha garganta. - O QUE RAIOS ACONTECEI AQUI?

Eu gritei para o nada. Gritei para a casa estilhaçada e para a cozinha que mais parecia um rio de sangue.

- Sentimos muito.

Dei um pulo fazendo minhas costas se chocarem com a barriga ensanguentada de Mathias me fazendo soltar mais lágrimas. A minha frente, estavam dois garotos e uma garota. Todos com espadas, usavam blusas laranjas iguais e pareciam prontos para a guerra.

- Quem são vocês? O que fazem na minha casa? Porque estão com espad- sou interrompida por mim mesma ao ver três espadas cada uma na mãos deles.

Uma garota e dois garotos estavam na minha casa! COM ESPADAS!

Acho que nunca chorei tanto na minha vida, era como seu eu nunca me desidratasse porque minhas lágrimas eram infinitas.

Meus olhos encararam as lâminas de suas espadas. Brilhavam, e eram afiadas, afiadas para cortar pele e carne sem o menor esforço.

- O que vocês fizeram? - sussurrei sem tirar os olhos das espadas ensanguentadas. - Eu... Ah! - Gemi de dor o cordão e a pulseira estavam ardendo de novo - AHHHHHH! CHEGA! POR FAVOR PARA DE ARDER,EU NÃO AGUENTO MAIS POR FAVOR! - falo, enterrando minhas mãos nos meus cabelos me sentando no chão escorando minhas costas no sofá enquanto gritava.

- Ei, calma! - disse a garota se agachando e colocando a mão no meu ombro. - A gente não fez isso com eles, sentimos muito

- Não toca em mim! - falei friamente com a voz chorosa. - O que vocês fizeram...?!

- Já dissemos que não fizemos isso, quando chegamos já estavam assim - falou um garoto com a voz triste olhando pra mim.

- Tá um pouco difícil de acreditar nisso. - sussurrei olhando para minha família morta no chão.

- Por favor Alex, confie na gente!

- Nem se eu estivesse morta! Coisa que eu queria estar agora porque eu acabei de perder tudo! Eu repito: O QUE FAZEM AQUI? QUEM SÃO VOCÊS? O QUE FIZERAM? E PORQUE A MINHA FAMÍLIA ESTÁ... - sou interrompida quando sinto a minha pressão baixar e tudo escurecer.

(...)

Acordo com uma claridade sobre meus olhos, demoro para me acostumar com a claridão.

Minha cabeça latejava intensamente, me sentia tonta e fraca, olho para minhas mãos que estavam pálidas.

A filha de Zeus e Afrodite (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora