Proibido (Oneshot)

Regra e Punição

O discurso foi lindo. Ela nem precisou dizer muito para transmitir a essência do que queria. Mas, isso não é surpresa. Sua Eda sempre teve o dom de tocar as pessoas a sua volta com a sua luz. Sim, sua Eda. A única dona do seu coração e que a agora o está testando firmemente.

Ele entende ela. Entende mesmo. Contar a ela sobre os pais daquele jeito não estava em seus planos. Serkan havia preparado todo um discurso na sua cabeça, todo um momento. Mas não adiantou de nada com a intromissão de Selin. Teria sido tão diferente... Tudo teria sido diferente se ele tivesse contado a ela. Ela ainda ficaria magoada, mas não pareceria que ele só contou porque fora descoberto. Mas agora não tem mais volta. Agora, ele precisa correr atrás do perdão e aceitar as migalhas que ela lhe dá a cada minuto.

Um simples olhar. Mesmo que seja um olhar capaz de atear fogo em sua alma.

Uma simples frase. Mesmo que metade das palavras proferidas por ela sejam farpas e indiretas.

Um simples toque. Mesmo que seja tapa dado na mão dele por toca-la.

E o contrato. Ah, aquele contrato. Eda pode até achar que aquele contrato seria a ruína dele, quando na verdade foi um fio de esperança. Ela poderia simplesmente ignora-lo. Fingir que ele não existia. Desviar dele nos corredores. Mas ela escolheu ter ele nas suas mãos. E isso foi o maior presente que Eda poderia tê-lo dado.

Ele procura por ela pelo grande salão, não querendo perder o vislumbre dela nem por um minuto. A necessidade que ele tinha dela, as vezes o assustava. É quase surreal o quanto ele está profundamente ligado a ela.

Eda observava a linda maquette do projeto do estúdio. Ficara tudo tão lindo. Um trabalho tão importante e que mudará a vida de muitas meninas, que assim como ela, precisam correr atrás dos seus sonhos e lutar por cada conquista. Eda conhecia muito bem esse caminho e se orgulha de ter chegado onde chegou com o esforço próprio. Sabia o que era sentir orgulho de si mesma por cada um de seus ganhos.

Ela se perguntava se Serkan havia escutado seu discurso. Ela sabe muito bem que ele não saiu da sala, só ficou escondido em algum lugar. Ela não deveria se importa com a presença dele, mas não era fácil calar o coração. Faze-lo esquecer dele. Eda se perguntava se um dia conseguiria arrancar Serkan das entranhas da sua alma. Mas, ela já sabe a resposta disso.

E como se ele pudesse ser chamado só pelo seu pensamento, lá estava ele atrás dela. Sua presença repentina deixa seu corpo em chamas. Só de sentei o cheiro, Eda já fica extasiada.

Seus olhares se encontraram através do espelho e ela sentiu uma corrente elétrica passar por todo o seu corpo. Um olhar. Somente um olhar era o bastante para faze-la perder o ar. Faze-la esquecer de tudo.

Eda tenta manter as rédeas da sua sanidade e não ceder aos seus desejos.

- Você ouviu? - Ela pergunta a ele

- O que? - Ele responde e ela o encara. Ele logo solta um leve sorriso travesso que deixam suas pernas bambas. - Você foi muito bem. Parabéns. Foi um discurso maravilhoso.

- Eu não sei o que eu disse, mas obrigada.

Eda sorri pelas palavras dele. Ela odeia admitir que amou ouvir os elogios de Serkan. Que a opinião dele tem um peso tão grande para ela.

Serkan logo vai para o seu lado e juntos eles observam a maquette do projeto. O doce cheiro dela o invade e Serkan precisa se controlar para simplesmente não agarra-la ali. Nem que fosse só para sentir o seu cheiro mais de perto.

Ele puxa conversa com ela só para poder ouvir sua voz. Para mante-la ali. No meio da conversa, Eda se aproxima dele. Se aproxima tanto que seu rosto fica a centímetros de distância. E mesmo ela se afastando rapidamente, foi o suficiente para incendiar todo o seu corpo.