capítulo I 🌚

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Pov's Rachel.

O dia mais longo da minha vida ja começou atrasado. Perdi a hora, demorei muito no banho ( porque estava conversando com santana durante o mesmo), e acabei tendo que tomar o meu café da manhã no banco do carona do carro de um dos meus pais, Hiram, às 7h17 daquela manhã de quarta feira.

Santana ,minha melhor amiga, me enviou uma mensagem mais cedo (durante o meu banho) me avisando que ela estaria me esperando no lugar de sempre, ansiosamente.

Enquanto dirigia, meu pai me perguntou sobre minhas aulas, meus amigos, e o baile de verão.

- Não acredito em bailes. -lembrei a ele enquanto o carro virava na esquina.

- Bem, não faz mal ir com algum amigo. Você poderia levar Sam.

Faço um careta. A possibilidade de eu ir com Sam Evans, cujo eu tive um lance ano passado, é com certeza abaixo de 0. Não me leve a mal, não estou dizendo que ele seja uma pessoa ruim, pelo ao contrário, ele é incrivelmente legal e engraçado, mas há dois fatores presente na vida de Sam que me impeça de ter algum relacionamento, seja amizade ou amoroso. E eles são:

ele faz parte da tão aclamada "alta sociedade do wmhs". Ou seja, ele é altamente popular pois faz parte da equipe de futebol, ou seja o topo da pirâmide.

ele é um amarelo.

Amarelo, é o jeito que eu encontrei de definir pessoas, altamente felizes, animadas o tempo todo, e irritantes. Não é que eu seja uma vaca que odeia tudo e todos, e nunca é feliz, eu só não suporto essa idéia de vida que os outros estudantes do meu colégio tem de a vida é boa o tempo todo, vamos dançar e cantar e pular. Apesar de eu fazer parte do clube Glee, e ser exatamente isso que eles fazem lá, eu geralmente só fico no fundo tentando aprender algo com as lições morais do Mr. Schue, e nunca tenho um solo.

Seguro o meu pote de cereal quando passamos por um quebra molas e depois de ouvir a décima vez em que meu pai disse pra me cuidar e pra ligar pra ele caso algo aconteça, e depois de 5 beijos nas minhas bochechas finalmente entro no inferno, que eu chamo de escola.

- Ei, berry.- ouço uma voz feminina impossível de não reconhecer. Me viro para encontrar Santana andando lindamente já com o seu uniforme da Cheerios em minha direção, seu rosto está cabisbaixo. Essa é nova.

-Bom dia, Sant. - eu a cumprimento com um abraço rápido. - Está tudo bem?.

- Você ainda não viu?

- Vi o quê?- franzo a testa confusa.

- Seus horários de aulas!.- ela suspira.- Esse ano nós temos APENAS UMA aula juntas , por causa daquela reforma idiota que o figgins fez no final do ano passado.

Santana não é só a minha melhor amiga, ela é a minha ÚNICA amiga. E quem vê de longe nunca pensaria que somos amigas, pois ela também faz parte da alta do wmhs, eu diria que ela é até mais popular que Sam. E eu ainda tenho minhas dúvidas que só somos amigas pois eu a ajudei a passar de ano no 8° ano. E agora que ela só vai ficar comigo durante uma aula na semana , a probabilidade de virarmos completas estranhas uma com a outra está ultrapassando o 100%.

Ótimo primeiro dia de aula.

Depois de mais alguns minutos lamentando a nossa perda, ouço o sinal da primeira aula tocar e me despeço de Santana a vendo andar pelos corredores da escola e faço meu caminho até a primeira aula do dia.

Se eu tivesse uma pedra, eu juro que eu já tinha atirado naquele maldito relógio que fica em cima da porta. Eu posso jurar que passei horas sentada na penúltima carteira da fileira do meio, quando na verdade se passou apenas 20 minutos. 20 malditos minutos em uma sala lotada, com certeza essa sala tem o dobro da minha do ano passado, de adolescentes e SEM professor. Sim, nossa primeira aula seria de geografia, mas a professora, cujo eu não sei o nome, resolveu chegar atrasada. Mas ela não é a única, estava com as mãos apoiadas no queixo perdida em pensamentos apenas olhando para o relógio quando de repente desço meu olhar para a porta e vejo um garoto. Ele abre levemente a porta e aparece apenas seu rosto olhando para todos os lados da sala, ele suspira aliviado e entra na sala. É impressão minha, ou a sala toda está congelada enquanto ele faz seu caminho até a carteira?

Como se fosse em um filme, ele vira na curva das carteiras e anda pela fileira que estou sentada. Para em minha frente e franze o cenho. Será se tem algo na minha cara? Ouço ele pigarrear e só ai que percebo que estava olhando para a porta de onde ele veio sem piscar. Balanço a cabeça saindo do transe e dou um meio sorriso para ele que me observa.

— Hum, oi?. — Sua voz soa alegre e animada. Reviro os olhos, por dentro é claro, posso até ser uma vaca que odeia tudo e todos mas não deixo que eles saibam.

— Oi.

Vejo um leve desapontamento em seu rosto pela forma que o respondi e de algum jeito isso me fez me sentir mal. Eu nunca liguei para o que as pessoas pensam de mim ou do meu jeito de ser. Me sento reta na cadeira e pelo menos tento tirar a carranca de sempre de meu rosto.

— Você é novo aqui?

Ele suspira levemente e senta ao meu lado. Posso jurar que ele acabou de jogar a bolsa de alguém no chão e pegou o lugar da pessoa. Mas por quê?

— Sou sim. - Ele respira fundo antes de continuar a falar, o que significa que ele tem muito a dizer. Ótimo. — Meu nome é Finn, muito prazer. Vim de Nashville, você ja foi lá? Minha mãe tinha uma loja de bolos lá mas como não estava indo bem as vendas ela se decidiu se mudar pra cá ja que tem família aqui e queria que eu conhecesse meus tios e tias. Eu particularmente ja adorei essa cidade. As pessoas são tão legais.

Ele deveria conhecer minha família e alguns alunos aqui da escola então. Tenho certezo que mudaria de idéia.

— É. São mesmo.

Ele me olha e sorri. Ai meu deus. Eu nem preciso perguntar mais nada para saber, ele é um amarelo. O mais amarelo de todos, qual a cor mais forte que o amarelo? Laranja?

— Você não fala muito, né? Ou tem vergonha de falar com estranhos que você acabou de conhecer e que tem um sorriso encantador.

Isso me faz rir.

  —  Você quis dizer um estranho que eu acabei de conhecer e que aparentemente tem um ego muito inflamado.

Isso faz ele rir.

— Não me entenda mal, não sou o tipo de cara que acha que está acima de tudo e de todos só por ter uma boa aparência. Apesar de eu ter. Mas você acabou de passar uns 3 minutos olhando para o meu sorriso.

Ele notou?

— 3 minutos não. 1,5.

Ele ri de novo. Meu.Deus.

— E pra sua informação eu não encarei porque ele é encantador. É por outro motivo.

Ele me lança um olhar nada inocente e eu rio, sério mesmo que ele já está pensando que estou atraída por ele? Homens.

Antes que eu posso dar uma resposta bem dada para esse sujeito, a professora entra na sala ja gritando com alguns alunos que estavam sentados em sua mesa. Ao me ver ela lança um olhar feio ao capuz da blusa que estou usando na cabeça e reviro os olhos o abaixando. Os próximos minutos são totalmente torturantes enquanto ela explica sobre a matéria mais chata do mundo e nós somos obrigados a fingir que isso vá ajudar em nossa vida algum dia.

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⏰ Última atualização: Apr 07, 2023 ⏰

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Yellow heart - FinchelOnde histórias criam vida. Descubra agora