Capítulo 14

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-Amor, vamos pra casa? Preciso contar quem era ela e o porquê de eu ficar tão mal assim.

-Neném não quero te pressionar a contar nada, só me conta se realmente quiser tá?

-Não, eu quero, eu preciso contar.

-Então tá.

Chegamos em casa, tomamos um banho e jantamos. Depois fomos pra o sofá e chegou a hora de dizer né.

-Tá, vamos lá

-Eu tô aqui com você vida.

-Minha "mãe" se é que podemos chamar ela assim, era prostitua, e acabou engravidado, ela não sabia quem era o pai por fazer sexo com muitos homens sem se previnir, nisso ela tomou uma pílula abortiva, só que ela não sabia que era uma gravidez gemelar, meu irmão morreu, e eu nasci. -nisso já estou chorando muito e ela também- quando ela soube que não tinha conseguido matar os dois, ela resolveu que então iria me criar de uma forma horrível, em uma das noites que ela me bateu, ela me contou que eu deveria ter morrido que nem meu irmão, que eu era um resto de aborto, que me odiava. Ela me prendia em quarto totalmente escuro, sem comida, sem água, e com vários insetos. Ela me chicoteava, me batia, ela me enfiava dentro de um guarda -roupa e eu tinha que ficar encolhido por que ela jogava uma faca, podendo ou não me acertar.

-Amor, não precisar continuar - ela dizia já chorando muito

-Eu preciso. - Quando eu tinha 8 anos, ela me deu uma surra tão grande, tão grande que eu fraturei 2 costelas, e a minha coluna. Ela me odiava e eu nunca soube o por que eu pensava que era por que eu era um filho ruim, e tinha que melhorar. Eu fazia tudo arrumava, limpava, mas ela sempre me batia demais demais. Até que eu não aguentei mais e fugi para um orfanato. Chegando lá eles me acolheram e foi aonde eu conheci o Cristhian, de cara nos demos muito bem, e ficamos melhores amigos. Uns 5 meses depois, apareceu um casal, que tava querendo adotar, quando viram eu e o Cris quiseram nos adotar. Eles eram tão bons com a gente, nosso sobrenome Calegari vieram deles, por isso somos irmãos, mas depois de 4 anos, vivendo com eles e felizes. Eles foram jantar em uma noite, nos deixando em casa com uma babá, nessa noite estava chovendo muito e o carro derrapou, eles não morreram na hora, foram resgatados, eu e o cris tínhamos 12 anos, e corremos para o hospital juntamente com a babá, quando achamos eles, a últimas palavras que eles disseram foi "Nós amamos vocês e nos prometam que vão cuidar um do outro para sempre" e nós prometemos é assim eles se foram. Ninguém da família deles quiserem ficar conosco, ninguém queria adotados, de acordo com os próprios. Então voltamos para o orfanato ficando lá até completarmos 18 anos, quando fizemos 18 anos um advogado foi a nossa procura dizendo que eles tinham deixado todos os bens deles para nós dois, então usamos para montar a nossa empresa, em homenagem há eles. - eu chorava tanto que não sabia como tava conseguindo falar.

-Ei amor calma, eu tô aqui -ela me abraçava com todo o amor do mundo como se quisesse tirar todo aquele peso de mim, contar isso pra ela foi necessário.

-Por isso quando ela foi lá na empresa eu fiquei tão atormentado, tudo que eu passei eu me lembrei.

-Tá tudo bem, shiii - ela aos poucos me acalmou

-Amor eu posso? -Falei referente ao seu seio.

-Não precisa pedir vida -Então eu mamei como se eu desejasse que todas aquelas lembravas fossem embora.
 

Aí gente, chorei escrevendo esse capítulo, nosso Noah passou por tantas né?

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