52 A.C
Sobre as quentes areias do deserto, um povo vivia gozando do luxo e conhecimentos que poucos naquela época possuíam.
Uma das civilizações mais importantes da história da humanidade.
O Egito ergueu-se imponente naquela terra árida.
Mas em contraste com a excruciante temperatura dos desertos, os Deuses lhe abençoaram com o grande e fértil Rio Nilo. Suas cheias anuais trazem as terras negras e ricas em fertilizantes que adubam a terra, que faz a vida prosperar naquelas terras.
Na era Ptolomaica, que ocorreu após a queda de Alexandre Magnus, o general Ptolomeu I se declarou Rei do Egito, e assim iniciou essa nova era, em que ocorreu a miscigenação dos povos, agora não são apenas egípcios naquele território, temos romanos, gregos e helênicos. Porém os costumes e a religião foram inalterados, mantendo os ritos e as construções dos grandes templos.
"Maat veio para que ela possa estar com vocês.
Maat está presente em todas as suas moradas,
de modo que vocês estão equipados com Maat.
O manto para os seus membros é Maat.
Maat é um sopro de vida em seu nariz.
Maat é o seu pão.
Maat é a sua cerveja"
Enquanto o sumo-sacerdote do Templo de Hórus, na cidade de Edfu, realizava a oração em honra a Deusa Maat, um rito diário em vários templos daquela civilização, uma criança travessa o observava escondido atrás de uma das grandes pilastras, que se erguias altas e imponentes por todo o templo. Era um lindo e rechonchudo menino no auge dos seus 10 anos de idade. Tinha os cabelos negros, olhos de um profundo castanho, delineados por cílios longos e sobrancelhas angulosas. Ele gostava de observar seu pai realizando os rituais e oferendas aos deuses, principalmente o Deus consagrado do templo, Hórus.
Seu pai era alto e forte, pele morena e nenhum vestígio de pelos no corpo. Era obrigatório que todos os sacerdotes se depilasse, inclusive os cabelos. Usava uma túnica de linho branca até os tornozelos, usava uma sandália de papiro e muito ornamentos, como braceletes, colares e anéis. Ele tinha muito orgulho de seu pai, que era um homem justo e bondoso, digno de ser o sumo-sacerdote, um representante do Deus Hórus na Terra. Ele queria muito poder assumir o lugar de seu pai quando completasse 18 anos, mas ele não poderia, e sua irmã mais velha já era a sacerdotisa da Deusa Ísis, no templo da ilha Philae. Um aprendiz seria indicado para treinamento e estudos, para assumir o sacerdócio quando seu pai fosse velho o bastante para isso. Ele queria muito ficar junto de seu pai até o fim, mas ele não podia.
Por que ele era especial.
Ele era o Oráculo.
Não um simples oráculo.
Era o Oráculo de Amon-Rá, o Deus Sol.
Ele iria deixar sua família quando completasse 18 anos, e iria permanecer ao lado do antigo oráculo até que este não tivesse mais condições de profetizar. Teria como sua morada o templo de Amon-Rá, na cidade de Karnac, um dos maiores templos do país, destinado ao maior Deus do panteão egípcio.
Quando o sumo-sacerdote terminou o rito e se preparava para deixar a sala, o menino foi correndo ao encontro de seu pai, que o pegou no colo e perguntou:
-O que faz aqui pequeno Zayn? Vá brincar...
Deixou um carinhoso beijo em sua testa e o colocou no chão. A criança sorriu, fez uma reverência ao seu pai e sumo – sacerdote e saiu correndo da sala, correndo entre as grandes colunas do templo, e por vezes quase tropeçando em sua túnica de linho branca e simples. Não gostava de usar sandálias, vivia descalço para o desespero de suas damas de companhia.
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Ankh (AU! Ziam Mayne)
FanfictionLiam depositou um selinho em seus lábios e disse: -Não posso fazer isso. Tu cuidaste de mim, eu não tenho nada a lhe oferecer. Você é puro e sagrado, porque quer me dar sua honra? -Porque eu te espero há 10 anos, Liam... -respondeu Zayn