Baile de máscaras

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Já fazia um bom tempo que eles se encontravam. Uns dois meses.

Escondidos dos demais amigos e conhecidos. Marcavam seus encontros em lugares distantes dos seus lares.

Eram amantes. Um relacionamento proibido e jamais concebido pela sociedade.

Mas eles se amavam e cada vez mais este relacionamento crescia, se fortificava, tornava-se mais sólido.

Ele se chamava Christopher e ela, Perséphone.

Chris achava estranho que, a cada encontro, ela nunca chegava no horário. Por vezes se preocupava com isso. Achava que ela queria ficar apenas um pequeno tempo com ele. E isso o incomodava. Mesmo assim eles tinham um bom relacionamento. Os dois se sentiam muito bem juntos.

— O que ela tinha? — pergunta a menininha de cabelos cacheados debaixo da coberta. 

—  Eles se falavam muito por e - mail, telefone… Muitas vezes, Persephone tinha momentos de raiva e deixava Chris preocupado. Mas ela tinha uma amiga fiel, Helen. Que limpava seus crimes. Pois Persephone era uma vampira! — Inclinou - se para perto dos dois irmãos, fazendo cócegas neles. 

— O que houve depois? — pergunta Mathew curioso. 

— Passou da hora de dormir.  — fita o relógio — amanhã termino a história. Vocês sabem que amanhã é um dia muito especial, não é?

— Tia, eu tenho medo. — Sofie diz cabisbaixa. 

— São apenas pessoas de máscaras e vestidos antigos. Acredite, é muito bonito! — brincou com o nariz dela, fazendo a garotinha sorrir.

— É, Sofie. A tia veio de tão longe para ficar com a gente aqui. Não precisa ter medo. — segurou a mão da irmã.

— É verdade! Atravessei sete mares, só para vir morar no campus. — os cobre com o cobertor, dando um beijo na testa de cada um. 

— Tia.  — Mathew lhe chama antes de você apagar a luz — Você também vai dançar?

— Talvez, Mathew. Talvez. — dei de ombros. 

— Você ficaria linda, tia. De máscara e vestido vitoriano. Me lembro da sua mamãe, vocês se pareciam muito… — Sofie fala, te deixando triste. 

Agora, você morava em um campus, longe da poluição sonora, de indústrias, automóveis, tecnologia. Após a morte de sua mãe, passou a morar com sua irmã, avó  e seus dois sobrinhos. Era doloroso, pois era recente. 

— Amanhã será divertido! — sorrio para eles que retribuiram  — Tenham bons sonhos. 

Uma vez no ano, em uma noite de sexta - feira,  sua avó e irmã organizavam o baile de máscaras. Várias pessoas, de vários lugares apareciam no local. A festa era dada em um castelo ali, de um velho amigo de sua avó. Tampouco, era em homenagem a sua mãe. Vestidos vitorianos e máscaras antigas. Era a primeira vez que você participaria. Os camponeses participavam, sua vó fora bem conhecida. Tudo era novo para você, depois de terminar  a faculdade na cidade, vir morar no meio do nada, sem ter acesso a várias coisas. Mas era um alívio, pelo menos fez amigos. 

— Contando histórias de terror de novo? — sua irmã questiona ,segurando o livro em mãos. 

— Não é terror. É um romance sobrenatural. — toma o livro da mão de sua irmã, que se dava tão bem.

— Olha, desde quando você se tornou romântica? — ela ri.

— Desde que levei um pé na bunda, do carinha da cidade. — ligou a torneira, lavando as verduras para o jantar. 

Dança fantasma - Jeon Jungkook Onde histórias criam vida. Descubra agora