Accidentally Pregnant

Capítulo 2

POV Any

É engraçado como as coisas mudam tão rapidamente, em um dia você está procurando uma forma de ganhar mais dinheiro para conseguir ter uma vida minimamente melhor e no outro está pensando em como irá comprar fraldas.

Grávida. Grávida de um bebê. Um pedacinho de gente. No meu útero. Tem noção disso? Um ser humano. Será que já pode ser considerado um? De qualquer jeito, é alguém! EM MIM!

Desespero é pouco para o que eu estou sentindo, como eu vou cuidar dessa criança se eu não tenho dinheiro nem para comprar um macarrão instantâneo? Eu precisava de um emprego melhor, ser atendente na ROSS não dá muito dinheiro, mil e trezentos dólares para pagar todas as contas, despesas da faculdade que o dinheiro do Carlos não cobra, aluguel, comida e outras despesas eventuais como uma roupa nova (oque quase nunca acontece), no final, sobra 50 dólares. Um bebê precisa de muito mais que isso. 50 dólares compra no máximo duas caixas de fraldas e isso não deve durar nem um mês!

O pior de tudo é que eu estou sozinha, eu não sei nada sobre o pai dessa criança, como eu pude ser tão burra? Eu tenho certeza que nós nos protegemos e eu tomo meu remédio direitinho, nunca atrasei, nunca esqueci e agora eu estou aqui, grávida de uma rapidinha na balada.

Josh Beauchamp, quem é você? Aonde eu posso te achar? Se não fosse os seus olhos azuis, nada disso teria acontecido ou melhor, se não fosse a Joalin, eu nunca teria ido nessa balada. Quanto mais eu penso naquela noite, mais eu procuro aonde eu errei ou deixei de prestar atenção.

Flashback on:
- Então Senhor Beauchamp, oque te trás aqui? - digo encarando-o.
- Sabe Senhorita Gabrielly, nem sempre as coisas tem um motivo. Eu por exemplo, entrei aqui porque estou cansado da monotonia da vida e você aparenta estar aqui por obrigação. - disse enquanto se debruçava sob seus joelhos.
- Sua vida não parece ser monótona, Senhor Beauchamp, muito pelo contrário, um homem como você não deve ter um dia sem agitação.
- Por que um homem como eu? - indagou.
- Não sei, acho que pela forma como está vestido, terno e gravata em uma balada não é muito comum, se é que me entende.
- Nisso a Senhorita tem razão, mas eu não vim até aqui para falar sobre o quão difícil é ser eu e sim para saber sobre como é sentir bem de perto o calor da sua pele, se é que me entende. - sussurrou próximo ao meu ouvido, chegando cada vez mais próximo de mim.

Seu calor exalava para fora de seu corpo, vindo de encontro ao meu. Senti cada centímetro do meu corpo se arrepiar e soltei um leve gemido de frustração.

- Você não é de perder tempo, Senhor Beauchamp, mas eu acho esse assunto bem mais relevante mesmo. - o encarei.
- Bom saber, Senhorita Gabrielly, por que quem perde tempo é relógio, não eu. - encarou diretamente minha boca.

Sem me deixar dizer qualquer outra coisa, ele me beijou. No começo foi sem pressa, mas após alguns minutos, o beijo ficou selvagem, rápido e forte. Sua mão esquerda em minha mandíbula foi descendo para o pescoço e a direita apertando a minha cintura bem perto do quadril, como estávamos sentados, só consegui apoiar minha mão direita em sua nuca e devolvi o beijo como se fosse o último da vida.

Seria estranho dizer que nem lembrava como era beijar? Havia tanto tempo que não saia para me divertir que me privei disso por meses. Mas agora eu estava beijando um
homem lindo e que tinha um beijo perfeito.

- Acho melhor sairmos daqui, não sei por quanto tempo vou aguentar ficar sem te tocar da forma que eu realmente quero e acredito que você não queira fazer isso na frente de todo mundo. - interrompendo o beijo, nos afastamos ofegantes e ele me puxou em direção ao banheiro. Atravessar aquele mar de pessoas não foi fácil mas a excitação entre nós era tamanha que nem nos importamos.