Nosso universo.

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Nenhum entrelace de mãos que eu possa ter pelo resto da minha vida será comparado a combustão que acontecia no meu corpo quando você tocava em mim. Seu toque era doce e forte ao mesmo tempo. Me fazia estremecer de loucura. Como eu queria que você me chamasse de louca mais uma vez. Louca por querer viver cada dia como se fosse o último. Louca por correr o risco de te amar e ter certeza de querer enlouquecer cada vez mais. Amava cada verso seu dito numa sala sem móveis, tal metáfora que se compara a quando você dizia que a silhueta do meu corpo encaixava como um quebra cabeça na sua, e aquele sussurro seguia em torno da minha cabeça até os pés, como um oco, como uma sala sem móveis onde só cabíamos nós e nossos motivos para ficarmos juntos. Acredito que talvez nossos nomes estivessem escritos nas estrelas. Como algo que devia acontecer. Como algo que antes mesmo da tal explosão que nos gerou, já estivesse lá mencionado, e nada nem ninguém podia apagar aquilo. Impossível mesmo apagar a marca que deixamos no mundo. Se toda a humanidade provasse do gosto do amor com entrega que tínhamos, acredito que chegaríamos perto que uma guerra final. Quando isso acontecer haverá de certo inúmeras colisões. Estaremos imensamente felizes pelos nossos nomes estarem assinados como responsáveis por toda aquela confusão que mudaria o universo. Já que o universo nos mudou, nada mais justo do que retribuir com um pouco da nossa loucura.

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