-Capítulo Cinquenta-

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─ Tem certeza de que vai conseguir se cuidar sozinha? ─ Minha mãe pergunta pela quinta vez. ─ Sim, mãe, sabe que dou conta. ─ Digo com um sorriso. 

 Ajudei a levar suas malas para varanda, o carro da empresa já estava em frente há casa, minha mãe estava tão linda, ela vestia uma saia lápis preta que definia muito bem seu quadril, usava também uma blusa vermelha decotada que dava a visão da herança que todas as mulheres da família tinham, menos eu claro, o salto há deixava um pouco mais alta e o batom vinho há deixava ainda mais sexy, espero ficar assim um dia. 

 ─ Se comporte e nada de festas, tenho que avisar né, agora que você se tornou uma festeira. ─ Solto uma risada entregando uma de suas bolsas para o motorista que colocava tudo no imenso porta-malas. 

 ─ Pode deixar, vou tentar relutantemente não dar uma festa que destrua essa vizinhança. ─ Ela solta uma risadinha. 

 ─ Então tudo bem, manda um beijo para o Vin.

 ─ Mando sim, mamãe.

 ─ E pelo amor de Deus Verônica, use camisinha eu não quero ser avó ainda por favor. ─ Fala segurando meus ombros, dou uma risada arregalando os olhos dando uma olhada no motorista que deu um mini sorriso enquanto fechava o porta-malas. 

 ─ Mãe! Não fala tão alto assim. ─ Ela sorri.

 ─ Te amo filha, qualquer coisa me liga, e não esqueça de se agasalhar no inverno ok?

 ─ Ok, te amo mãe, aproveita muito lá.

Nos abraçamos mais uma vez e antes de se afastar ela marca minha bochecha com um beijo, não gosto de ver minha mãe indo, mas eu não iria conseguir dormir sabendo que ela perdeu essa oportunidade por minha causa. Cruzo os braços a vendo entrar toda feliz no carro, antes do carro sair ela abre o vidro e me manda um beijo e eu retribuo o gesto, sinto o aperto da saudade vendo o carro ir. Vou para cozinha e preparo um chá-mate, coloco alguns biscoitos em uma tigela e lá vamos nós para mais uma tarde tranquila com meus livros, vou ter que me acostumar com o silêncio da casa nesses dias. (...)A excitação corria por meu corpo enquanto lia, não sabia gostar de livros de ação até minha mãe me sugerir este. Viro a página e continuo ansiosa, até que me assusto com uma batida muito forte na porta, meu coração estava disparado, quem poderia se a essa hora da noite? Levanto-me e desço com uma pontada de medo, nunca fiquei sozinha antes, não assim. Olho no olho mágico e sinto o alívio florescer quando vejo Vin

parado olhando para baixo, abro um sorriso bobo, não, não, não você está brava com ele, minha expressão fica séria e abro a porta vendo o mesmo segura um pequeno vaso com uma rosa e chocolates na outra mão.Não demonstra ainda, Verônica se segura! Sustento minha pose de brava. 

 ─ Me desculpa por agir que nem um idiota ontem, eu estava irritado e devia ter contado tudo antes de agir daquela forma, eu tirei seu direito de se defender da melhor forma e acabei me estressando com você também, eu não deveria ter saído daquele jeito, me desculpa.

 ─ Respiro fundo não conseguindo mais achar a raiva que senti ontem quando o vi sair da escola naquela velocidade e por não ter me contado o que estava acontecendo. 

 ─ Posso entrar? ─ Pergunta com um mini sorriso.

 ─ Não sei. ─ Olho para minhas unhas fazendo graça. ─ Quantos bombons tem nessa caixa? ─ Sorrio relutante.

 ─ Acho que uns doze. 

 ─ Então pode. ─ Digo abrindo espaço. 

 ─ Sua mãe já foi? ─ Pergunta e eu assenti. 

─ Poxa! trouxe essa rosa para ela. ─ Reviro os olhos e ele ri.O mesmo me entrega o vaso com a rosa e eu dou um selinho rápido em seus lábios, o fato dele ter se lembrado que eu gostaria de ganhar isto me deixa tão feliz e envergonhada simultâneamente. Rosas-vermelhas são as minhas favoritas, sempre quis especificamente uma, com espinhos e tudo, nunca gostei daqueles buques enormes com beleza temporária. 

Me Ame! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora