Continuei sentada no sofá e percebei que meu pai foi até a cozinha me olhando estranhamente, como se desconfiasse de algo.
- Tudo bem? - Perguntei.
- Tudo ótimo. - Ele disse e eu fui até a cozinha novamente. - Tirando o fato de que você estava falando com ele. - Meu pai me olhou friamente e eu estremeci.
- Ele quem? - Tentei me fazer de boba.
- Você sabe, Addison. Não se faça, não minta. - Sua voz era firme. - Sabe, você disse que tinha medo que eu restringisse sua liberdade e eu estou prestes à fazer isso, estou vendo que não posso confiar em você. - Ele bateu a porta da geladeira com força.
- Você é exagerado demais. - Abri o jogo. - Bryce não vai me fazer nenhum mal.
- Você que acha, não quero a minha filha acabe sofrendo por causa de um gangster de meia-tigela.
- Não fala assim dele. - Quase gritei. - Você acha que foi quem que pagou aquela droga de hospital? Porque do seu bolso não saiu nada e o senhor ficou bem quietinho. - Falei brava e meu pai ficou pensativo.
- Não me diga que...
- Sim, eu te digo, pai. Bryce pagou tudo, ele se preocupou comigo.
- É só uma maneira de te comprar minha filha. - Não acredito que eu ouvi aquilo. - Vou devolver todo o dinheiro para ele, vou mandar Ruth perguntar quanto que foi o custo. - Ele disse. - Mas quanto à vocês dois, mantenham distância um do outro, ou você sabe, eu te mando para o Texas.
- Você fala isso numa naturalidade, como se eu fosse algo sem importância, o qual você pode embrulhar e mandar para outro lugar. Não caia no meu conceito, pai. Só isso que eu te peço. - Saí dali apoiando meu corpo nas muletas, demorei para chegar em meu quarto, mas o importante foi que eu consegui.
[...]
- Olaaaaa amiga linda. - Dixie praticamente cantou. - Como você está com a patinha quebrada e não pode dirigir e também ficou sem carro, mas não quero ficar pisando nos seus sentimentos, eu vim te buscar. - Ela abriu os braços super feliz e o nervosismo me percorreu.
- Dixie, amiga. - Sorri para ela. - não quero sofrer outro acidente de carro.
- Af, você colocou na cabeça que eu não dirijo bem.
- Ok, vamos Dixie. - Falei saindo de casa e fechando a porta.
- Coloque suas muletas aqui. - Ela disse pedindo para que eu as colocasse no banco de trás. - Prontinho. Entrei no carro com uma dificuldade mínima.
Resolvi contar tudo para Dixie, ela pensava em tudo como se calculasse cada coisa que iria me falar.
- Eu não queria ficar em casa, eu nem estou mais sentindo tanta dor, o único problema é que essas escadarias enormes não combinam com minha perna quebrada. - Falei. - Mas graças à Deus, tem um elevador nessa escola que serve para alunos com problemas físicos, tipo aquele aluno de uma turma do primeiro ano que anda de cadeira de rodas.
- Aquele que uma vez passou por você e apertou sua bunda?. - Ela lembrou.
- Quem apertou sua bunda? - Uma quarta voz falou atrás de mim e eu me virei lentamente, meu coração disparou. Bryce me olhava com uma cara interrogativa. - E aí, vai me responder? - Jaden e Dixie se entreolharam.
- Calma, Bryce. - Dixie revirou os olhos, eu estava intacta, praticamente vidrada nos lábios de Bryce, era incrível como ele me deixava boba. - Só estávamos relembrando algo que aconteceu ano passado.
- Não aconteceu nada demais, Bryce. - Consegui dizer algo.
- É, pegou o o ônibus lotado e ainda quis sentar na janelinha. - Dixie metaforizou e Bryce a fuzilou com os olhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗉𝗈𝗌𝗌𝖾𝗌𝗌𝗂𝗏𝖾 -𝗕𝗿𝗮𝗱𝗱𝗶𝘀𝗼𝗻 𝖠𝖽𝖺𝗉𝗍𝖺𝗍𝗂𝗈𝗇.
FanfictionVocê é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha.' - 𝐵𝑟𝑦𝑐𝑒 𝐻𝑎𝑙𝑙 E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, ele não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo, isso e...
