17.

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— Eu ainda não posso acreditar que você colocou um nome na sua tatuagem — Louis fala, negando com a cabeça o fato de que Harry realmente deu um nome para sua tatuagem. 

— É um nome fofo, pra uma uma borboleta fofa. — O mais novo dá de ombros.

— Meu Deus. — Louis ri, incrédulo. 

— Ah, qual é. Quer dizer que você nunca pensou em um nome pra esse pombo tatuado no seu braço? 

— Não, claro que não. Que tipo de pessoa faz algo assim? 

— Eu faço e acabei de fazer. Ele vai chamar Kevin e ele e a Sindy vão ter 50 filhos juntos. 

— Como? Tipo... É uma pomba e uma borboleta. Eles não procriam.

— Agora eles procriam. Nós dois vamos tatuar híbridos de borboletas com pombas, que vão ser os filhos deles. 

— Você fala coisas bem estranhas quando está bêbado...

— Meu amigo Zayn sempre diz isso pra mim... E eu nem estou tão bêbado assim, estou só alegre.

— Você deveria parar de beber agora. Ou melhor, nós dois deveríamos. Já são 3 da manhã, melhor nós irmos para casa. 

— Não tem como eu ir, eu moro pro leste da cidade e não tem ônibus pra lá essa hora. 

— Bom, eu moro há umas duas quadras daqui, você pode ir lá pra casa se você quiser. — Louis sugere, não olhando para o garoto ao seu lado. 

— Você confia nas pessoas tão fácil... — Harry divaga, terminando sua bebida. 

— Na verdade é muito difícil eu confiar em alguém, mas você é alguém em que eu acho que vale a pena confiar. — Harry se vira para encarar Louis, sorrindo timidamente para ele. 

— Bom, se é assim, eu acho que dá pra eu ir com você. 

Os dois garotos se levantam e pagam suas comandas, logo estando do lado de fora do club com Louis guiando Harry na direção de sua casa. Ele estão a apenas alguns metros de distância quando Styles decide quebrar o silêncio

— Você sabe... Eu poderia ser algum estuprador louco. 

— E eu poderia estar te levando para algum cativeiro onde eu te faria de escravo sexual, te mataria e ninguém nunca mais saberia nada de você. 

— Verdade... Eu não pensei nessa possibilidade. — Harry para na calçada e Louis se vira para ele, o garoto mais alto tem um olhar confuso no rosto. — Você não vai fazer isso, vai? — Louis começa a gargalhar do garoto mais novo, chegando a chorar por conta do que ele disse. 

 Claro que não, Harry. Confia em mim. — Styles, desconfiadamente, volta a caminhar ao lado do garoto mais baixo e logo eles estão em frente a casa de Louis. É pequena e simples, porém agradável.  — Você gosta de que sabor de chá?

— Er... Camomila. 

— Ok, vou fazer para nós dois então. — Louis diz, abrindo a porta e se direcionando para a cozinha com Harry logo atrás de si. — Se você quiser ir ao banheiro, fica na segunda porta do corredor. 

— Não, por enquanto eu não preciso. Obrigado.

Tomlinson assente e começa a pegar tudo o que precisa para fazer o chá e os dois ficam em silêncio enquanto a bebida é preparada. Quando o líquido já está em suas devidas xícaras, os dois garotos vão para a sala de estar, sentando-se no sofá confortável e prestando atenção no programa que está passando assim que o aparelho é ligado. 

— Seu chá está maravilhoso, Louis. 

— Obrigado, Harry. Mesmo que seja só um chá. 

— De nada. 

Os dois voltam a ficar em silêncio. Louis recolhe as xícaras quando os dois terminam seus devidos chás e vai para seu quarto, trocando de roupa rapidamente e voltando com uma muda para Harry. 

— Eu trouxe essa roupa pra você, é o maior número que eu encontrei no meu armário, mas eu não tenho certeza se vai servir. 

— Não tem problema Lou. É melhor do que essa roupa com cheiro de bebida. — Harry diz ao pegar as roupas e ir em direção ao banheiro. Louis espera o garoto na sala e logo ele ouve Styles voltando e quando o garoto aparece na frente de Tomlinson ele não pode deixar de dar risada. 

— Você tá ridículo. — Ele diz por fim, e Harry acaba por revirar os olhos. 

— Você acha que eu não sei disso? — Styles resmuga, olhando para as calças que estão na metade de sua perna e para a blusa que deixa uma boa parte de sua barriga de fora. 

— Olha, dá pra ver o final das asas da Selly. — Louis zoa, voltando a dar risada da cara do mais novo. 

— Você é uma pessoa horrível. Onde eu vou dormir? 

— Bom... E-eu não sei. Eu pensei se... Como nós nos beijamos e tudo mais se você queria dormir comigo? — Louis abaixa a cabeça, envergonhado por conta do que disse. Algo que não passa despercebido para Harry. 

— Er... Acho melhor não. Nós... nós nem nos conhecemos direito. 

— Oh, certo. Então eu vou trazer alguns travesseiros pra você.  — Louis sai rapidamente da sala e vai ao seu quarto, pegando travesseiros e um cobertor para Harry. Ele arruma o sofá e sai apressado da sala sem olhar mais para o menino mais alto. Tomlinson entra em seu quarto e se joga na cama, se xingando por falar algo tão idiota para alguém que ele mal conhece. 

Quase duas horas mais tarde, a porta do quarto do garoto mais velho é aberta. Louis fica em silêncio, esperando Harry fala algo e se assusta quando sente o mais novo se deitar ao seu lado. 

— O-o quê você veio fazer aqui? — Eles questiona aos sussurros. 

— Eu vim me deitar com você. 

— Por que? 

— Porque ninguém deve se sentir sozinho e eu acho que você está fazendo tudo isso porque está se sentindo exatamente assim. 

— Ah, então boa noite. 

— Boa noite, Lou. 

Wrong Number » l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora