Escapism -(Satzu)

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12 MESES JUNTAS

Tzuyu se recostou no sofá com um sorriso, observando quando Ísis veio  com nariz pra perto de um filhote de cachorro Dogue Alemão preto e branco que era cinco vezes seu tamanho. O rabo do cachorro balançava freneticamente enquanto ele farejava Ísis, e ele abaixou o peito para o chão em uma posição que Sana disse ser chamada de um "arco de brincadeira". Tzuyu olhou para Sana, que assistiu a cena com uma  expressão encantada.

"Não percebi quando entrei em contato com você que estava me inscrevendo para um orfanato canino", disse Tzuyu com bom humor.

Ela riu quando Ísis bateu no nariz do cachorrinho com sua pata,
fazendo-o cambalear para trás antes de buscar refúgio no colo de Tzuyu.
cinquenta quilos, ele era todo um bebê, mas muito grande para se encolher em cima de Tzuyu como um ratinho assustado.

"Não é um orfanato." Sana riu enquanto o cachorro lavava seu rosto
com beijos. "Apenas uma mãe adotiva."

Tzuyu observou a alegria de Sana enquanto ela interagia com sua amada gata e o cachorro.

Um ano atrás, ela nunca teria imaginado que poderia  rapidamente e facilmente se apaixonar, e por alguém como Sana. Ela tinha o maior
coração que Tzuyu já conheceu, especialmente com animais. Tzuyu tinha encontrado ela mesma se tornando uma amante dos animais, só porque o entusiasmo de Sana por
eles eram tão contagioso. 

Sana também gostava de crianças. E embora Tzuyu sempre se sentisse intimidada por bebês, cada vez mais ela se pegava espreitando as mulheres segurando as pequenas criaturas carecas se contorcendo, imaginando se seu futuro guardaria ainda mais surpresas para ela. Ela teve que admitir, quando ela pensou em começar uma família com Sana, a ideia continha muitos recurso. E sua mãe ficaria em êxtase.

"Bem, você é uma ótima mãe adotiva"
murmurou Tzuyu. Ela encontrou o sorriso de Tzuyu com um sorriso terno dela própria

"Ele parece pensar assim, pelo menos."

"Ísis não tem tanta certeza. Ela nunca fica feliz em me compartilhar. "

Tzuyu recostou-se nas almofadas do sofá com um suspiro de satisfação.

Ela tinha certeza de que esse era o momento mais feliz de sua vida.
Não era como se ela não tivesse desfrutado de incontáveis outros felizes - mesmo bem-aventurados - momentos desde aquela primeira noite no elevador com Sana.

E não era nem como se este momento em particular fosse especificamente
mais feliz do que qualquer um deles. É que desde que ela conheceu Sana, todo dia foi melhor do que o anterior, e a cada momento em que estavam juntas, Tzuyu sentiu sua esperança e entusiasmo com relação ao futuro crescerem. Amanhã ela seria ainda mais feliz do que hoje e ainda mais apaixonada.

Depois de tudo que elas experimentaram juntas, ela confiava mais em Sana  do que qualquer outra pessoa no mundo. E ela sabia que Sana sentia o mesmo, que foi o presente mais poderoso que Tzuyu já havia recebido. Mas Tzuyu ainda
ansiava por algo mais.

Ela observou Isis fazer um círculo experimental em torno dos pés de Sana. Ela miou enquanto o cachorrinho se contorcia ao redor no colo de Sana. Com um sorriso, Tzuyu disse: "Estou feliz por Ísis ter aprendido como compartilhar você comigo. "

"Sim, ela diz que você é família agora."

Tzuyu sentiu uma onda inesperada de emoção com o sentimento. Ela sentiu
como se elas fossem uma família agora. Foi incrível o quanto ela chegou a depender da ideia de compartilhar sua vida com alguém. Sabendo agora como maravilhoso foi confiar em outra pessoa, ela ficou maravilhada com o quanto ela
perdeu aqueles muitos anos que ela passou sozinha. Ela poderia encontrar isso deprimente, exceto que tudo a levou a conhecer Sana. Ela não podia
imaginar querer estar com outra pessoa.

Pensando na possibilidade de começar uma família com Sana algum
dia trouxe à tona pensamentos sobre seus pais e até mesmo seu irmão. Ela estava perto de todos eles mais uma vez, e todas as mudanças recentes em sua vida a fizeram anseia por reparar alguns dos danos que ela fez ao relacionamento deles fechando-se com eles depois da faculdade. Parte de seu novo desejo de construir
pontes era saber o quão importante era a família para sana, e vendo o quão feliz ela ficou quando Tzuyu estendeu a mão.

Além disso, se elas fizessem algo maluca como ter filhos algum dia, aqueles bebês mereciam ter avós.

A reflexão de Tzuyu foi interrompida quando o cachorro saltou para o
sofá e subiu em seu colo. Grandes patas desajeitadas agarraram-se a ela
coxas e um nariz molhado pressionado contra sua bochecha. Ela podia sentir o abanar o rabo vibrar por todo o corpo.

"Heey" Sana disse, e correu para o sofá para segurar o ele  "Fora."

Tzuyu não conseguia imaginar qual seria sua reação às brincadeiras do filhote o entusiasmo pode ter existido antes de ela conhecer Sana. Agora ela riu instintivamente, mesmo enquanto tentava recuperar o fôlego quando uma grande pata pousou sobre o
estômago.

O cachorro estava no apartamento  há uma semana, e já estava
claro que ele havia decidido se relacionar com Tzuyu. Ela não sabia o que fazer, mas para sua surpresa, a fez se sentir muito bem.

“Eu sinto muito,” Sana disse. “Ele definitivamente precisa aprender algumas maneiras."

"Está tudo bem", disse Tzuyu enquanto o cachorro finalmente pulava do sofá e fez uma pose leal ao lado dela no chão. Ela estendeu a mão e tocou suas orelhas e em seguida, deu um carinho afetuoso em sua cabeça.

"Entendi. Eu fui socialmente estranha antes de te conhecer também. "

"E olhe para você agora." Sana se inclinou e a beijou, sorrindo
contra seus lábios.

Tzuyu considerou sua vida: uma gerente de projetos desesperadamente apaixonada por uma  ex stripper sexy que virou veterinária,  acompanhada por um cachorrinho gigante e uma gata mimada, tendo pensamentos preguiçosos sobre a família e os bebês em uma vida monótona numa guarta à noite. Com um sorriso, ela concordou: "Olhe para mim agora."
____

Tzuyu murmurou, um pequeno som sonolento, e se virou ligeiramente para que o edredom escorregasse de seu corpo. Sana tocou suas costas suavemente, não querendo acordá-la, mas ansioso para se reconectar. Sua pele era macia e quente, atraindo Sana para frente para que ela pudesse dar um beijo leve como uma pena na nuca do pescoço dela.

Engraçado, mas quando Tzuyu dormia, Sana sentia falta dela.

Tanta coisa mudou desde que se conheceram. Dançar no clube era um
memória distante, e ela era finalmente uma veterinária que trabalhava em uma prática incrível, fazendo a diferença e ajudando os animais.

Ela também era profundamente apaixonada e loucamente de luxúria. Ninguém nunca a fez se sentir como Tzuyu fez, na cama ou não. Em algum momento nos últimos meses.

Ela se descobriu capaz de
aproveite onde a vida as está levando, e embora o medo de perder alguém
ela amava nunca iria desaparecer completamente, ela não podia fazer nada além de segurar apertado e deixar as coisas acontecerem. Tzuyu tinha mostrado a ela tanta coragem,
Sana sabia que ela tinha que fazer o mesmo.

Se Sana se sentia diferente agora, Tzuyu era praticamente uma nova
pessoa. Sana tinha a assistido nos últimos meses com um deleite sem fôlego Tzuyu se transformar diante de seus olhos de uma gerente de projetos rigidamente controladora, a uma parceira calorosa e apaixonada que a fez se sentir mais segura do que nunca.

Com a diferença que seu tempo juntas já tinha feito, Sana  estava certa de que ambas tinham muito pelo que ansiar.

Sem dúvida, mais do que qualquer uma delas poderia imaginar.