𝐜𝐚𝐫𝐨𝐥 | charles, eu estou implorando. não me deixe, por favor!
onde carol não aceita facilmente o término do relacionamento, até porque não estava preparada psicologicamente para isso.
❝Você nunca irá se amar, com metade da intensidade com que eu te amo. Você nunca irá se tratar bem, querida, mas quero que você faça isso❞
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Italia Grand Prix, 2020.
Carol colocou as duas taças de cristal na mesa ao lado da garrafa de Screaming Eagle Cabernet Suavignon. Demorou alguns minutos para que a latina pudesse ficar satisfeita com a arrumação da mesa de jantar. Tudo estava alinhado, até os guardanapos dobrados na risca certa — não que ela fosse maluca por organização, mas queria que tudo ficasse impecável pro jantar que tinha preparado pra Leclerc.
Carol possuía os olhos grandes e castanhos; cabelos enrolados com algumas madeixas recém pintadas de vermelho; lábios carnudos e avermelhados; uma pele pouco bronzeada de dar inveja. Era como Leclerc dizia: cada vez que olhava para ela, ficava hipnotizado com a beleza que ela carregava em si. Qualquer homem teria sorte de ter a latina e Charles sempre agradecia aos Deuses por ter a oportunidade de ser esse homem.
Charles não fazia ideia do que Carol preparava para ele. A única coisa que estava ocupando seu pensamento no momento era ter a coragem o suficiente para ter uma conversa séria com a mulher dos sonhos.
Ela não teve tempo em correr para colocar uma roupa descente, já que passou tempo demais fazendo um delicioso Coq au Vin — não percebeu que sua blusa social branca estava suja —, pois correu para porta assim que a campainha do apartamento tocou duas vezes. Era ele.
— Oi, amor. — Ela falou com o seu forte sotaque ao abrir a porta do apartamento. Sorriu, mostrando os seus lindos dentes brancos e alinhados, deu um sufocante abraço no homem que retribuiu no mesmo momento. Ele envolveu os braços ao redor da cintura dela e puxou-a para perto, colando completamente seus corpos.
Leclerc soltou um suspiro pesado e doloroso, enquanto fazia um pequeno carinho nos cabelos da latina. Sabia que aquilo se tornaria mais difícil do que imaginava. Queria terminar as coisas com rapidez, pois não queria ter que explicar e muito menos deixar visível, sobre os problemas pessoais que estava passando no momento. Ela mergulhava nos desvaneios do monegasco, e isso deixava desabilitado.
— Eu preciso te falar uma coisa. — O monegasco sentiu um aperto no peito, mas não poderia voltar atrás do que iria fazer. Mesmo que aquilo magoasse ambos. Carol desfez o abraço no mesmo momento, mas sem tirar os braços ao redor do pescoço dele.
— É algo bom? — Ela perguntou sem esconder a animação. Os olhos da latina brilhavam ao encarar Charles. — Fale logo porque eu tenho uma surpresa.
Ele respirou fundo dando um passo para trás e tirou os braços dela ao redor de seu pescoço. Segurou as pequenas mãos de Carol e acariciou carinhosamente, aproveitando para rodear o dedo no anel que a garota usava — presente que foi dado pelo mesmo a anos atrás. Aquilo era algo simbólico para a garota. Charles focou a atenção nas mãos delicadas dela, onde tinha uma aspiral em volta de seu dedo mindinho.
