Dedique seu coração a mim

Promessa (final)

Mikasa retornou ao trabalho, mesmo que tenha se passado apenas um mês, aconteceram algumas mudanças.

- Detetive Dreyse, prazer. - Hitch estendeu a mão em cumprimento e apresentou-se a Mikasa.

- Detetive Ackerman, conte comigo no que precisar.

Ambas estavam na área de alimentação juntamente com algumas colegas.

- Não se preocupe, Mikasa. - uma colega falou. - Ela já está sendo assistida pelo Detetive Kirstein, os dois andam muito juntinhos, não é?! - a colega cutuca Hitch com o cotovelo lançando um olhar sugestivo para a mesma.

- Não é o que estão pensando, ele é apenas muito gentil. - retrucou Hitch.

- Até demais. - murmurou Mikasa, seu olhar estava muito sério, não dava para disfarçar que estava incomodada. - Vou indo. - levantou e retirou-se.

- Eu deixei passar alguma coisa? - pergunta Hitch.

- Deve ser ciúmes, apesar de ter perdido o noivo a pouco tempo, parece que ela e o detetive Kirstein se conhecem desde a academia. - comentou outra colega.

*

Jean estava no seu escritório quando ouve batidas na porta.

- Entre. - autorizou.

Ele nunca conseguia evitar a expressão apaixonada que nascia no seu rosto ao ver Mikasa, logo essa expressão se foi ao notar que ela parecia está zangada.

- Aconteceu algo? - ele iniciou a conversa.

Com os braços cruzados em frente ao corpo, Mikasa caminhou até a mesa, parando diante dele.

- Conheci a detetive Dreyse, parece que vocês são íntimos, não é? - seus braços continuavam cruzados e o tom de sua voz continha um leve sarcasmo.

- Ela te disse isso? - sensato, Jean já quis tirar a limpo para saber se mais tarde precisaria conversar com Hitch.

- Não, mas estão comentando sobre. Então, tem algo entre vocês?

- Não. - Jean cruzou os braços, imitando a posição de Mikasa, ele não gostava de ser interrogado desta forma.

- Entendo. - apesar da resposta, ela continuava incomodada e o rapaz percebeu isso.

- Nós passamos uma noite juntos, se é o que quer saber, mas não há nada além disso.

Por um instante, a carranca de Mikasa ficou mais marcante, porém não demorou muito e ela suavisou sua expressão e finalmente descruzou os braços, apoiando as mãos na mesa.

- Desculpe, eu não tenho o direito de te cobrar nada.

Jean levantou e parou ao lado da garota, encostando-se na mesa.

- É desnecessário, tanto o meu quanto o seu passado. - disse o rapaz.

Ela virou -se para encara-lo.

- Nem estamos namorando e eu estou agindo desta forma, você já deve está se arrepen... - a mão quente de Jean parou sobre sua bochecha e começou a acaricia-la.

- Eu gosto do fato de que sente ciúmes, quer dizer que você gosta de mim. - as bochechas dela coram e seu olhar se desvia, admirar aquela cena era prazeroso para Jean. - Sim, esta é minha resposta para a pergunta que me fez na sua casa.

O olhar dela voltou -se para ele, parecia confusa tentando se lembrar de qual pergunta se tratava.

- Meus sentimentos por você não mudaram, eu gosto de você. - declarou antes que a mente de Mikasa recordasse.