¡hyunsung!
(hyun)jin + hi(sung)
stray kidsUma criança, sempre cheia dos mais divertidos e extraordinários sonhos, entre elas metas para a adolescência e o mundo adulto. Quantas vezes não se imaginou um astronauta ou um jogador, trabalhos famosos por conta de sua importância e individualidade diante dos demais, e também por tantas vezes passarem nas televisões sendo exaltadas por cidadãos saciados pelo prazer da emoção de ver seu time vencer. Talvez você tenha sido uma criança mais realista e menos criativa, escolhendo campos do dia a dia, como o ensino, um grande professor de universidade ou escola. Porém, entre tantos pequenos adultos, há aqueles que nasceram em uma dinastia que precisa ser dirigida pelos primogênitos da família anfitriã. Seus desejos não são do interesse de ninguém, você é proibido de sonhar fora da realidade do negócio, seus pais torcem e investem para que você se torne o segundo eu deles, o braço direito, pois nada melhor do que confiar em alguém idêntico a você. Foi assim que nasci, entre viagens de negócios desde meus treze anos, relendo documentos e ensino fundamental para comandar mais de uma dúzia de funcionários a partir dos quinze.
Meu appa dizia que um homem deve ser forte para aguentar os pisões da vida no comércio, aguentar as notícias e fake news espalhadas sem fonte ou ideia alguma sobre nós, sempre espalhadas sem nossa autorização. Mas eu não tinha o dom de se manter firme e em pé, enquanto ditava regras e comprava mais de dez canetas por ano porque a tinta chegava ao fim em um mês com o tanto de assinaturas que concedia. Na calada da noite, quando ele não estava por perto, eu chorava, desejando um momento de paz e uma vida menos agitada. Eu queria pintar quadros e desenhar minhas emoções neles, expôr aos outros para que os trouxesse uma reflexão única e copiar pessoas a base de tinta, reformar não apenas suas aparências mas suas emoções e sentimentos em uma tela branca. Eu costumava pintar o céu estrelado engolindo a ponta dos arranha-céus que faziam cócegas na superfície azul escura, minha governanta havia me dado os materiais, mas omma descobriu e os interditou, escondendo em seu infinito closet — acredito que após alguns anos, quando parei de procurar, ela os jogou fora, isso me deixa triste pois sra. Kim havia gastado 20.000 wons com todas aquelas tintas e papéis próprios.
Ainda que não quisesse, vivi um inferno por mais 6 anos. Aos meus 20, comecei a planejar um esboço de vida fora das exigências de meu pai, mas como, se era um ingênuo sem conhecimento sobre uma vida dura e sem amigos? Havia crescido em berço de ouro, com atenção de mordomos e funcionários que faziam todas minhas exigências, e não havia estudado em escola, minha mãe contratou dos melhores professores de Seul para me instruir, então a minha volta nunca houve alguém a quem confiar segredos e jogar bola. Uma frecha de luz surgiu quando Sra. Kim disse que eu poderia usar sua casa de estadia o quanto precisasse, meses depois, na semana de meu aniversário de 21, quando teria o assento ao lado do de meu pai na mesa de reuniões — o assento mais cobiçado, deixe me esclarecer —, eu fugi. No dia anterior, minhas roupas estavam em grandes malas de viagem escondidas de baixo de minha cama, em minha carteira 500.000 wons roubados do cofre de meu pai, que perceberia assim que não houve meu sinal em meu quarto. Na madrugada, com os pés para fora da propriedade Hwang, pedi as estrelas que em troca de todos auto-retratos que já havia feito sobre as mesmas, me dessem sorte de não voltar para está casa que não me pertencia e que não tinha meus gostos como preferências.
Foram dois primeiros anos difíceis, morando na propriedade da Sra. Kim junto de seu marido e seus dois filhos, mas fiquei extremamente feliz de ter sido tratado como mais um da família e ter a chance de sorrir verdadeiramente ainda que houvessem dificuldades que nunca me imaginei tendo. Claro, não havia a mesma confortabilidade que tinha na mansão, não tinha um quarto sozinho e os cafés da manha eram mais escassos devido a diferença social, mas meu coração pela primeira vez sentiu que pertencia a uma familia a quem me socorreria e me cuidaria, sentimento o qual nunca havia provado antes.
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Christmas Spirit | hyunsung
FanfictionO Natal é uma data especial, muitos passam juntos de sua família, outros passam sozinhos. Hyunjin pretendia passar mais um vez sozinho, mas semanas antes recebe a encomenda de um auto-retrato de um homem que ele pode jurar ser o mais bonito que já v...