forty six

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AURORA
one month later.

FINAL COPA DO MUNDO
BRASIL x FRANÇA

Mordo a lateral da minha unha do dedo mindinho e olho para o telão, vendo que faltavam apenas quatro minutos para terminar o segundo tempo e o jogo segue zero a zero.

— PORRA PHILIPPE! — Grito assim que ele perde uma oportunidade de gol. — Eu vou infartar.

— Vamos juntas! — Carolina diz pegando a minha mão e apertando. — Eu não acredito que o resultado vai ficar pros penaltis.

— Bom que eu morro de uma vez. — Falo e ela ri, voltando a concentração para o campo.

Vejo o Neymar pegar a bola do meio do campo e driblar todos os jogadores que tentaram pegar a bola, e sinto minhas mãos soarem assim que ele se aproxima do gol.

— BORA NEYMAR! — Grito, na esperança que ele ouvisse, o que era quase impossível.

Olho para a Lorena que está parada atrás da câmera na ponta do campo e ela troca um olhar de desespero comigo, me fazendo rir.

— GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA... — Escuto a torcida puxar o hino do Brasil e me arrepio toda, começando a cantar junto.

Neymar troca a bola com o Philippe, mas por um deslize acaba sendo tomada pelo jogador francês que não reconheci.

— Porra. — Resmungo.

— ÉS BELO, ÉS FORTE, IMPÁVIDO COLOSSO...

Gabriel consegue recuperar a bola no meio do campo e troca a mesma com o Marcelo e o Thiago.

— SE TEU FUTURO ESPELHA ESSA GRANDEZA...

Thiago toca a bola para o Dani Alves, e ele corre para bem perto da área do gol, jogando-a para o Philippe.

— TERRA ADORADA...

Philippe domina a bola em seus pés e vejo ele rodas os seus olhos antes de arremessar para o Neymar.

— ENTRE OUTRAS MIL, ÉS TU BRASIL, Ó PÁTRIA AMADA...

Neymar pega a bola e corre até o gol, chutando a bola com força e marcando em
seguida.

— GOL!!!!!! — Eu e toda a torcida presente no Estádio Lujnik gritamos, comemorando a vitória do Brasil.

— SOMOS HEXA!

[...]
four months later.

Guardo todos os papéis que estavam espalhados pela a mesa do meu escritório e respiro aliviada ao ver tudo organizado.

— Boa tarde! — Escuto a voz do Philippe por trás da porta e logo ele coloca a cabeça para dentro do cômodo, abrindo um sorriso.

— Boa tarde! — Me levanto da cadeira e caminho até ele, o puxando para dentro da minha sala.

— Que falta de profissionalismo. — Ele resmunga e eu rio, selando os nossos lábios.

AURORA; philippe coutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora