Sweet creature

Casa

Boa leitura!

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Eren estava deitado num cobertor grosso e fofo, estendido sob a grama não tão verde da Quinta da Boa Vista, abrigado do Sol embaixo de uma grande árvore, sentia os raios de solares da tarde tocarem sua pele pelas brechas das folhas e sorriu fechando os olhos.

Se encontrava sonolento depois de comer horrores junto com seu pequeno Ayo. Aproveitando que o marido o levou para comprar sorvete desfrutava do silêncio momentâneo e da brisa fresca de fim de tarde que balançava as folhas das árvores de leve.

O pequeno, hoje tinha seis anos, tinha puxado sua pele marrom clara e seu cabelo castanho porém num tom mais claro e liso, seu sorriso era tão radiante mesmo faltando os dois dentes da frente o deixando banguela, assim como o biquinho fofo quando estava zangado, a personalidade forte com o espírito aventureiro com certeza vieram de Eren.

Os olhos eram azuis e toda a feição delicada, como a esperteza e curiosidade de saber mais sobre o mundo eram do outro pai. 

Ayo significa alegria, pois Eren lembrava de estar sem chão quando perdeu sua melhor amiga e conselheira, sua mãe, Carla.

Faleceu antes que Eren pudesse contar a novidade nos últimos momentos que viu a mãe com vida.

Eren não tinha um emprego estável e seu namorado na época, agora marido, também não, mas tinha uma condição melhor pois estava financiado o próprio apartamento. Com vinte e dois anos sem trabalho fixo, era desesperador e não poder partilhar aquela angústia com a mulher que lhe deu a vida, nem pedir colo ou conselhos, Carla sofreu um acidente ao bater o carro Eren estava a caminho de casa quando ligaram para contar o ocorrido. Esquecendo um pouco da tristeza, permitiu-se lembrar do momento mais emocionante da sua vida ao lado do marido, foi quando realmente ali percebeu que já tinha sua família.

Flashback :

"No primeiras semanas de gravidez o de olhos verdes era uma montanha russa de sentimentos, chorava por qualquer coisa, se irritava fácil e dormia mais que na cama.

Seu  namorado era compreensível mas não conseguia ficar calado ao ver o namorado mergulhar na tristeza, o loiro de olhos azuis era tão teimoso quanto ele, eles discutiam e daquela vez tinha sido sério. 

 Armin entendia que Eren estava passando o período de luto e os hormônios e pequenos surtos do namorado não contribuíram muito para uma convivência saudável, foram muitas mudanças e de forma drástica demais e o loiro tinha consciência.

Ele tinha saído para trabalhar ainda chateado com o castanho, já que Eren tinha ganhado folga por ter enterrado a mãe  há pouco mais de três semanas e o estado emocional estava frágil, o loiro entendia o namorado, mas estava preocupado com bebê  também.

 Eren mau comia ou tinha vontade de levantar da cama para fazer algo que gostava e isso preocupava o loiro e era a razão das discussões.

Eren tinha comprado uma passagem pela internet,somente de ida para a Alemanha, precisava se afastar e dar a chance de Armin pensar, sentia que sufocava o outro. Ainda mais por ter se mudado para o pequeno apartamento que ele vivia, já que a casa de sua mãe era alugada. Precisava mudar os ares e isso parecia certo para o de olhos verdes.

No quarto que dividia com o loiro, Eren encarava o papel em suas mãos  pensando no que diria à Armin quando ele chegasse do trabalho. Suas malas estavam abertas em cima da cama enquanto o de olhos verdes estava no meio dela pensando no que faria.

Eren planejou ficar um tempo com o irmão para pensar na vida, tinha arrumado todas as roupas que couberam nas duas malas e novamente e seus produtos de higiene o quarto parecia menos bagunçado após fechar as malas, e novamente se pegou encarando a passagem em cima da mesa de cabeceira; atraindo os olhos verdes como um imã.