Capítulo três - "nem fudendo"

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Sexta-feira 30 de junho.
9:30 da manhã.

Eu estava em um sono ótimo, até ouvir meu despertador do celular tocar.

– sério que já está na hora de ir trabalhar? — resmungo baixo, até me dar conta de que não, que eu não iria trabalhar, eu estava em Vancouver e teria que acordar para ir passear com Lilia. Levanto na hora.

Se for ter que acordar "cedo" para passear pela minha cidade natal com a minha melhor amiga, então tudo bem, eu vou, sem problemas.

Assim que levanto, me dou conta de que Lilia não está no quarto. Ela já acordou? Mais cedo que eu? Uau.

Ignoro isso e já entro para o banheiro para tomar banho. Eu ainda estava sonolenta e precisava acordar. Mudei a temperatura da água para gelado, para acordar melhor. Agora me encontrava dando pulinhos na água para tentar me acostumar.

– ui, tá gelado, tá gelado, ai ai, ta gelado!! — falo sozinha enquanto tentava entrar debaixo d'água.

Dez minutos se passaram e eu já havia saído do banho, escovado os dentes e me trocado. Já estava descendo as escadas, quando escuto a voz da Lilia e da minha mãe rindo e conversando lá embaixo, na cozinha.

– Então quer dizer que agora vocês vão ficar de conversinha e vão me exlcuir? Pode pegar a Lilia pra você então, mãe. — brinco, assim que chego na cozinha, elas riem também.

– bom dia, flor do dia. Já está atrasada, sabia? Já acordei há horas. — Lilia fala sentada na ilha da cozinha, enquanto eu pego um pouco de leite na geladeira.

– é, eu percebi. Já vamos sair, só espera mais uns minutos. — sento com elas. – vai vir com a gente, né mãe? — pergunto. Ela faz uma cara de dúvida.

– na verdade eu pensei que vocês iriam sozinhas. Vocês sabem, aproveitar o passeio juntas e até mesmo mostrar coisas daqui para Lilia, e principalmente as "artes" que você aprontava naquela época. — ela ri.

– eu não aprontava coisa nenhuma. — minto. – só fazia algumas coisas tipo... como posso dizer? Fazia "travessuras" — faço aspas com as mãos e dou risada. As duas fazem o mesmo.

– Não, mas é sério. Podem ir sozinhas, aproveitem o passeio meninas, estarei aqui qualquer coisa. Ainda temos vários dias para nos divertimos. — minha mãe afirma.

– então tá bom. Vamos? — olho para Lilia e ela concorda.

[...]

O dia estava bastante ensolarado e quase não havia nenhuma nuvem no céu. Até agora já tínhamos ido apenas em alguns lugares. Mostrei algumas partes da cidades a Lilia mas até agora nada demais. Foi aí que eu lembrei de um lugar que eu ia, e que sentia bastante saudade. Minha antiga escola.

– espera, vamos passar na minha antiga escola? Só pra mim ver uma coisinha. — eu estava curiosa para saber se ela ainda funcionava.

– aquela escola? Que você já me contou diversas coisas que já viveu lá? — Lilia estava mais empolga que tudo. – essa mesmo. — afirmo.

– COM CERTEZA! Pode dirigir pra lá. Também quero ver essa tão famosa escola, que pra mim, mais conhecido como cenário de filme, né, onde você é a protagonista. — ela brinca.

– como assim? — dou risada da loira enquanto eu dirigia para o caminho da escola, se é que eu lembrava.

– é sério! Tanta coisa que você ja me contou... sua vida com certeza daria pra fazer um filme. — ela ri e eu faço o mesmo, mesmo sem entender esses pensamentos loucos de lilia.

The Bitch 2 - fillieOnde histórias criam vida. Descubra agora