☆Capítulo único ☆

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Notas: Oi! Preferi postar esse capítulo separado da história principal já que ele não é diretamente relacionado com a reescritura, mas um complemento.
Gostei muito desse capítulo e sinceramente tô apaixonada na Narcissa e odiando o Lucius (Merlin, ele lembra meu pai). Espero que vocês gostem e que algumas coisas fiquem mais claras :)


Draco sentia falta de casa quase todos os dias desde que chegou em Hogwarts. Sentia falta de ter um quarto e um banheiro só para si, por mais que gostasse muito de seus amigos. Sentia falta dos jardins muito bem cuidados e dos chás da tarde diários, que tomava com sua mãe no pergolado, no meio da floresta.

Sentia falta da sua mãe e tudo que faziam juntos. Ela passava o dia inteiro em casa, algumas vezes com visitas, que traziam seus filhos para brincar com Draco, mas, na maioria das vezes, sozinha com ele.

Seu pai era conselheiro do ministro, o que pedia que frequentasse muito o Ministério, em Londres. E nos dias que ficava em casa, evitava ao máximo sair de seu escritório para alguma atividade externa.

Mas ele não reclamava, na verdade se sentia muito melhor quando seu pai não estava por perto. Principalmente porque saberia que teria que lidar com coisas como as do jantar do primeiro dia das férias:

- Soube que Harry Potter conseguiu a vaga de apanhador do time da Grifinória. - foi a primeira coisa que Lucius falou, na mesa - Por que você não conseguiu no time da Sonserina, Draco?

- Porque a Sonserina já tinha um apanhador e não tinham vagas abertas.

O homem não respondeu, só continuou cortando seu pedaço de bife, seus olhos ainda fixos em Draco, que o ignorava.

- Imagino que aquele Higgs continua no time... No próximo ano, vamos dar um fim nele.

Draco engoliu em seco e levantou seu olhar, mas seu pai não o olhava mais. Talvez fosse porque aqueles olhos cinzas não o alfinetavam que teve coragem de falar.

- Harry é bastante bom. Achei que tivesse sido colocado no time por preferência, mas você viu o que ele fez no último jogo? Acho que a Grifinória finalmente tem uma chance esse ano.

- Tudo com relação à Harry Potter vai ser por preferência enquanto ele estiver em Hogwarts, filho. É melhor você se acostumar. Não importa se ele é bom ou não, ele vai ganhar as coisas por ser quem é.

O assunto acabou ali, assim como a ideia de Draco de pedir para que seus pais o deixarem convidar Harry para o baile de Ano Novo.

Os dias que se seguiram foram baseados em chás da tarde com sua mãe nas estufas, onde não sentiriam frio, aulas de piano com uma professora escocesa e tardes chuvosas e solitárias. Draco gostava assim, quando ficava sozinho, pois sabia que próximo ao final do ano a casa ficaria lotada de visitas e familiares.

A noite do jantar de Natal não demorou para chegar, assim como os convidados. Eles já conversavam alto no andar debaixo e pelos corredores enquanto Draco lutava para amarrar bem sua gravata no pescoço.

Achava aquelas vestes desconfortáveis, mas não podia negar que se sentia muito mais bonito. Devia ser porque elas eram escuras e contrastavam bem com sua pele pálida. De vampiro, como sua mãe costumava dizer quando Lucius não estava por perto.

Claro que era brincadeira. Se Draco fosse um vampiro de verdade era muito possível que seu pai o colocaria na fogueira.

- Na fogueira não, sr. Malfoy, mas provavelmente esconderia você muito bem, com aulas em casa e sem poder ver seus amigos, o que seria igualmente triste, né? - falou Dobby uma vez, enquanto arrumava a cama de Draco.

Natal na Mansão Malfoy (1991)Onde histórias criam vida. Descubra agora