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Sabina Hidalgo

Com três cadernos sobre a cama, sem contar quantos livros estavam a minha volta. Ambas as mãos em meu rosto enquanto minhas lágrimas molhavam as mesmas. Eu era péssima em tudo, tudo que eu fazia, eu verdadeiramente não sirvo para nada, eu não sei fazer nada.

"Você é perfeita", "Filhinha de papai mimada", "É só pedir aos seus pais, eles sempre fazem tudo para você", "Tem o mundo inteiro nas mãos", "Você só machuca as pessoas".

Frases que invadem minha mente, a todos momentos de crises. Sempre me julgam por absolutamente tudo que eu faço, por não conseguir agir sobre eu mesma, dificilmente eu estou em sã consciência. Eu fico boa parte do meu dia sob efeito de remédios, sequer lembro de alguma coisa. Desde o falecimento de minha mãe as coisas são assim. Eu aimda me lembro dos poucos momentos que tivemos juntas, antes dos meus dez anos e o acidente de carro fatal.

Meu pai é um pessoa boa, longe de ser ruim, ele faz absolutamente tudo para eu e meus irmãos, mas sempre falta alguém. Minha mãe sempre me ouvia, todos os dias, eu chegava em casa e lá estava ela, sentada comendo seu bolo e bebendo seu café, e eu ficava lá, sentada contando todo o meu dia escolar para ela.

Saby? — A doce voz de minha irmã adotiva, Any, ecoou pelo meu quarto. Meus cadernos já estavam levemente molhados por causa de minhas Lágrimas. Eu não respondi, apenas senti os braços dela envolta do meu corpo, apertando em um abraço. — Está tudo bem, calma. — Seu queixo encostou em minha cabeça e eu respirei fundo.

Eu sinto falta dela — Falo. O som sai abafado.

Eu também sinto, mas ela está em um lugar melhor agora, Saby. Tudo vai ficar bem, já estamos bem. — Ela falava e eu respirava fundo, saindo do seus braços. Ela passou seu dedo em meu rosto, limpando as lágrimas. — Eu vou lhe ajudar com isso, ok? Você vai se dar bem amanhã.

TO BE CONTINUED...

✔┆𝐒𝐄𝐗𝐔𝐀𝐋 𝐏𝐑𝐎𝐕𝐈𝐒𝐈𝐎𝐍 ↯ 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒅𝒂𝒍𝒈𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora