~Capítulo 1~

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Prazer, Nick Williams, tenho atualmente 16 anos e ando na Autumnfall Hs, uma escola pouco conhecida em Vancouver. Sou conhecido como " O popular" da minha escola, todos adoram me inclusive até os professores, não me orgulho muito disso pois não me esforcei para a alcançar esse título, foi por acaso.
Sou apenas um rapaz normal a viver a vida da maneira mais livre que posso.

A minha turma ... bem como posso dizer... é dividida em grupos, temos:

Os populares
Os palhaços
Os atletas
Os nerds
E ... Mark Gray, que não se encaixa em nenhum, apenas é o miúdo quieto da sala que fica atrás de tudo sempre com um livro na mão. Nunca vi o Mark vestido com outra cor sem ser preto ou cinzento,mas o cabelo branco dele destaca se. Não sei como a voz dele soa os professores não ligam muito pra ele. Sendo sincero... ele é muito calado mas aposto que tem muito pra dizer, recentemente... mais ou menos 1 semana descobrimos que ele é homosexual... desde aí o rapaz não tem paz, estão sempre a falar dele e a julga lo, não entendo o porquê de tanto escândalo.

No final das aulas, eu vejo Mark sempre a ir para a Biblioteca, nunca tive coragem de tentar uma amizade com ele, Mark é muito reservado tenho medo que ache que também irei fazer troça dele.

Também temos a Zoe, eramos muito amigos quando eramos do 6° ano, ela é a pessoa que mais aturmenta Mark, por isso afastei me dela. Zoe faz parte dos populares, desde o 7° que ela ganhou sentimentos por mim...parece que eu sou um Deus pra ela, Zoe nunca me larga está sempre atrás de mim, não vou mentir... eu já a rejeitei um monte de vezes mas ela insiste, na verdade sempre rejeitei todas as miúdas... não só porque não sinto atração, também porque quero viver à grande sem preocupações.

Hoje, decidi falar com Mark, entro na Biblioteca e sento me 1 mesa na frente dele, ele está de fones com um gorro preto que realçava muito o seu cabelo...
Depois de 5 minutos sentado a observa lo, levanto me e sento me na cadeira à sua frente... não tinha pegado em nenhum livro, enquanto ele estava a desenhar num caderno. Ele reparou em mim tirou um dos fones, consigo ouvir a música que ele ouve, acho que é uma espécie de rock, Mark permanece calado.

-Olá! Prazer Nick- estendo a mão para cumprimenta lo, mas ele ignora- Ok, não gostas de contacto físico... não te preocupes não vou fazer troça de ti.

Ponto de vista de Mark:

Estava no meu canto, a desenhar e de repente o "popularzinho" da turma senta se logo à minha frente, não vou falar nada pra ver se vai embora.

Ponto de vista de Nick:

-Entendo o teu jogo... não vais falar nada? Não adianta, eu só quero fazer amizade contigo... se não queres, tudo bem, mas não vou desistir!- pego na minha mochila e vou pra casa.

No caminho penso um pouco sobre Mark, acho que ele não tem um vida tão boa... vi uma marca de um corte no seu pulso.

Ponto de vista Mark:

Aposto que ele estava a tentar ganhar a minha confiança pra depois me humilhar... até que ele parece interessante mas não sei se devo confiar nele...

Chegando a casa digo Olá ao meu pai mas como sempre não me responde, desço as escadas até ao porão... é lá onde é o meu "quarto" que só têm uma cama e uma estante de livros.

Atiro a minha mochila para o chão ouço a minha mãe a chegar, coloco os meus fones pra evitar ouvir a discussão, mas desta vez senti algo estranho... por algum motivo tiro os fones, encosto ouvido à porta e ouço a minha mãe a susurrar com um ar de desiludida:

- O nosso filho... é gay...

Ouço os passos do meu pai a descer a escada, rapidamente finjo estar a fazer algo de importante... quando ouço a porta a abrir vejo o meu maior pesadelo, o meu pai totalmente bêbado de punho serrado com um olhar sinistro ...

-É desta...que eu te mato!- grita

Só vejo a minha mãe a segurar lo enquanto gritava para eu correr para a casa de alguém de confiança, peguei na minha mochila enfiei tudo o que tinha, era pouca coisa e corri... o meu consegiu agarrar me o braço, foi a primeira vez que gritei pra ele...

-Larga me! Mãe ajuda...

A minha mãe tava em lágrimas, consegui escapar, mas o meu pulso estava vermelho e marcado com a mão dele...
Fiquei na rua a chorar...

-A culpa é minha... como fui capaz de deixar a minha mãe com aquele monstro...-sussurava

Estava escuro... eu tinha medo e não tinha sítio pra ir, eu não confio em ninguém...

A não ser, não sei se deveria confiar nele...

~Continua~

~The Quiet Boy~Onde histórias criam vida. Descubra agora