Você Acredita Em Destino? (Concluída)

1- inconveniente

Estava eu em plena terça-feira de uma bela amanhã de dezembro, fazendo cálculos e mais cálculos para o projeto importante, um lançamento de  sonda espacial ultra equipada, quando meu chefe o líder daquela instalação e o único acima de mim na escala hierárquica do centro de pesquisas, me pede uma "reunião" que nada mais era do que uma intimação para participar de um programa de tv, onde explicaria para o público o as coisas legais e divertidas que fazemos na NASA, até aí tudo bem, aparecer na tv estava na minha lista de coisas que queria fazer antes dos 50, o plobelma mesmo foi botar tudo em prática, uma curta viagem até Hollywood para falar um discurso que ja tenho pronto desde o momento que soube do meu mais novo compromisso, sou rápida em eleborar discursos.

Agora aqui está eu, no meio da rodovia, com o carro enguiçado em sol escaldante...

- tão perto... mas tão longe...

Estico minha mão para dramatizar, que pena que os grande diretores de Hollywood não estão vendo meu talento, a cidade e só um rabisco no horizonte distante, porém está lá, posso ver, sei que daria uns bons quilômetros até lá, e para completar a disgraça da Vy, no caso eu mesma, fiquei sem bateria, que pelos meus conhecimentos em mecânica vem a ser o mesmo plobelma do meu carro, meu querido Chevette opala 1977, meu avô me deu poucos dias antes de morrer e eu amo muito esse carro, mas ele e rebelde, sempre foi, vive querendo dar defeito quando não me convém.

- "não há lugar como nosso lar"

Se deu certo para Dorothy por que não para mim... Ah meu deus o sol tá fritando meus neurônios, só pode para estar citando o mágico de Oz, se bem que vindo da minha cabeça é de se esperar, as vezes coisas totalmente aleatórias me vem na memória com uma riqueza de detalhes que chega me deixa tonta. Olho para um lado e para o outro, só vejo o vazio da grande estrada se perdendo e diminuindo na perspectiva até se tornar um ponto negro, é desse ponto que eu vejo minha esperança, um carro, chegando cada vez mais perto, um lindo esportivo escarlate,  está se aproximando em uma velocidade absurda, desesperada aceno com os dois braços abrindo-os e falhando rapidamente, o carro perde a velocidade quando chega próximo a mim, e realmente um belo veículo, com janelas de vidro fumê, de onde estou não consigo ver o motorista, só quando ele estaciona do meu lado e desce as janelas que posso ver o belo espécime masculino que está no volante, com um sorriso presunsozo e um olhar inquisidor, meu deus! Qual e a nessecidade disso eu te pergunto?
A natureza não precisava fazer um ser tão lindo, um ombro largo e musculoso em uma blusa de manga cinza, com cabelos na altura dos ombros, e o pior de tudo, é que ele tem aqueles olhos, sabe aqueles que parecem que estão um pouco fechados  de uma maneira estranhamente sexy, pois é ele tem esse tipo de olhar, de um azul oceano brilhante, tudo nesse homem é viril e masculino, gente nunca foi de me vê imprecionada assim, porém agora devo está com uma cara de pateta, talvez até babando.

- ei! Eu perguntei se precisar de ajuda?

Que vergonha Vy! que vergonha! Você pode pelo menos agir normalmente, finge! Isso finge! Abro o meu melhor sorriso.

- ah, oi, desculpa é o sol, o meu carro está com problemas na bateria, a parte elétrica dele vive dando problema.

Ele me olha por um tempo, de cima a baixo, me sinto um pouco desconfortável quando as pessoas me olham por muito tempo, mas o seu olhar tinha um brilho tão hipnotizante que não me sentir assim, depois da análise um pequeno sorriso brotou em seus lábios grossos.

Aí Vy que sorriso mais malicioso, não pode ser, ele tá sorrindo desse jeito pra mim? Claro que é pra você né, só tem tu aqui!

- então não vai pegar agora? vai precisar de guincho?

- provavelmente não vai pegar, o problema e que meu celular descarregou, você pode me emprestar o seu?

O seu semblante ficou um pouco desconfiado por um tempo, ele me olhou novamente, e sem dizer nada me estendeu um celular de última geração.