𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐔́𝐧𝐢𝐜𝐨

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"Eu tinha parado de respirar, deveria ter morrido! Mas eu acordei e ele sorria para mim. Foi quando vi que não tinha escolha."

𝑬mma sabia que tinha algo errado naquela tarde

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𝑬mma sabia que tinha algo errado naquela tarde. Por mais que ela acreditasse — ou melhor, soubesse — que Isabella já tinha consciência do plano de fuga quase finalizado, não podia se trazer a acreditar que a mulher tomaria qualquer atitude drástica. Ela era, afinal de tudo, como eles. Foi criada em Grace Field, era gado assim como todos que viviam ali.

Suspirou, não entendendo o sentimento errôneo em seu coração. Seu estômago parecia revisar a cada passo que dava até o refeitório, de forma tão incomum para si. Nunca carregava sentimentos negativos, e quando se sentia mal apenas os afundava. Conseguia ouvir o riso e os gritos de seus irmãos pelo corredor, notando já estar atrasada para o café da manhã. No meio do caminho, sua visão não falhou em captar Ray. Deixou um sorriso escapar, acenando levemente para o amigo.

— Bom dia, Ray! — Exclamou. Ray, que agora se encontrava a poucos passos de si, franziu o cenho incomodado.

— Você... — Iniciou, procurando as palavras certas. Emma notou o canto da boca dele se curvar e considerou que ele ainda pensava no que dizer. Não foi uma pausa longa quando ele continuou — teve algum pesadelo de novo?

Claro, disse mentalmente a si mesma, é óbvio que Ray notaria. Não entendeu o porquê de querer tanto repreender a si mesma por deixar ele reparar.

A ruiva deixou seu rosto se ascender, uma imitação perfeita de seu estado de felicidade comum pela Grace Field.

— Um pesadelo? Ray! Não seja bobo. — Riu, empurrando levemente o ombro do irmão. — Hey, vamos comer. Estou morreeendo de fome.

Sem esperar a resposta de Ray, Emma partiu para dentro do refeitório. Podia sentir o olhar desconfiado dele em si, a seguindo como uma águia. Dentre todos os três, ela sabia que Ray era o mais atencioso. Claro, Norman era inteligente e sabia ler seu arredor, mas quando se tratava de sua família os pensamentos dele raramente tinham clareza. O completo oposto de Ray, que lia a todos na casa como se fossem livros abertos a mercê dele.

Suspirou tensa, ainda sentindo o olhar pesado do irmão em suas costas. Ver a Mama quase a fez vomitar toda a vontade que tinha de comer, ressentida pelos acontecimentos da noite anterior. Isabella, a mulher que ela amava como mãe, era a vilã da história deles. Ela sequer deveria viver? Depois de tudo que aconteceu, depois do que ela fez, não era uma questão de merecimento sua vida?

Dentre toda a história, tiranos e traidores eram executados. Emma devorou o conteúdo sobre eles, ainda que não os amasse como Ray. Mama era uma mulher gentil, carinhosa e amável. Até a noite anterior, que a fez revirar em sua cama até cair em um pesadelo onde ela estava estava lugar de sua irmã. Mas estava tudo bem; ela tinha Norman consigo. Tinha uma suspeita de que Ray também sabia de tudo, mas não ousou dizer nada na frente de todos. Isabella estaria os observando, todos os passos que ela desse deveriam ser perfeitamente esculpidos.

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⏰ Última atualização: Sep 17, 2021 ⏰

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𝐓𝐡𝐞 𝐃𝐞𝐦𝐨𝐧 | 𝐘𝐚𝐤𝐮𝐬𝐨𝐤𝐮 𝐧𝐨 𝐧𝐞𝐯𝐞𝐫𝐥𝐚𝐧𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora