Catinga - Único.

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Não era possível, aquilo não estava acontecendo. Era isso que Minho queria acreditar.

Suas roupas haviam sumido sem mais nem menos, e agora só estava de cueca procurando por qualquer coisa que fosse usável naquele armário. Chegou até a pensar que algum duende poderia ter invadido o lugar e roubado suas roupas, pois não tinha porquê elas terem sumido daquele jeito. As coisas não evaporavam de repente, e tinha total certeza de que não havia feito nada com elas. Literalmente, nada, porque nem as lavava. A menos que fosse sonâmbulo, mas estava fora de cogitação.

Como iria trabalhar literalmente seminu? Não queria sair por aí com sua bunda balançando e os testículos marcados na cueca que usava desde ontem à noite.

Resolveu procurar por outros cantos da casa, mesmo que estivesse crente de que não tinha sentido procurar roupas numa sala ou numa cozinha. Então, a única opção no mínimo compatível era a lavanderia. E ainda tinha o detalhe de que também não estava encontrando seu namorado. Quando acordou, ele nem estava dormindo e só se encontrava o lugar afundado por seu corpo no lençol.

Ah, mas como ele foi parar só de cueca? Ele dormia praticamente pelado? Sim, Minho tinha o costume de dormir sem nenhuma roupa o incomodando. Mas, por ter dormido com o namorado desta vez, teve que usar pelo menos uma cueca para não deixá-lo desconfortável ou intimidado.

E no momento em que entrou na lavanderia da casa, viu uma camisa social sua completamente molhada, pendurada num cabide dali, junto com mais duas cuecas.

Conseguiu ver a figura do namorado com um pano enrolado na cabeça, provavelmente para o cabelo não cair em sua cara, já que era bem longo, esfregando sabão a puro ódio numa calça sua. Afinal, o que diabos Hyunjin fazia ali lavando sua calça?

— Amor?— aproximou-se do mesmo, com uma expressão de confusão estampada no rosto.— O que você faz lavando minha calça, e por que algumas roupas minhas estão penduradas e molhadas?

— Ah, Minho!— levou um susto ao ouvir a voz do namorado e se virar para ele, ainda mais ele estando quase nu.— Por pouco não me mata de susto, homem! E se você é lerdo o bastante para não entender o que está acontecendo aqui, parabéns, eu estou lavando suas roupas que você não lava faz semanas. Tem noção do quanto estão fedendo?— se permitiu passar as costas das mãos na testa, na intenção de tirar um pouco do suor presente.— Você é um porco.

— Hum, eu devo agradecer ou me sentir ofendido?

— Se você se sentir ofendido eu vou dar um tapa na sua cara. Sabe o trabalho que dá pra limpar esse bando de inhaca? Isso tá uma catinga dos infernos — pegou uma jaqueta cheia de manchas de molho de tomate, alguns outros líquidos que nem sabia o que era e estendeu com as pontas dos dedos perto do rosto do Lee, o obrigando a sentir o cheiro das próprias irresponsabilidades, que eram para lá de fedidas.

— Tá bom, tá bom. Você venceu — afastou a roupa com uma mão enquanto tapava o nariz com a outra, vendo a cara de julgamento do Hwang.— Mas você poderia ter falado há uma semana atrás para eu ir lavar minhas roupas — disse convencido, mesmo que soubesse que a responsabilidade era toda sua. Não era Hyunjin que tinha que mandar ele ir fazer isso.

— Quero que me agradeça depois por ter me sacrificado a pelo menos encostar nesses projetos de lixo tóxico — brincou, mas Minho não achou graça alguma.— Enfim, levanta essa bunda mole daí e me ajuda a limpar essas merdas — deu um tapa na bunda do outro e o puxou para pegar uma caixinha de sabão em pó e uma escova.

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Roupas Limpas, Porém Indisponíveis | HyunKnowOnde histórias criam vida. Descubra agora