O Colega De Quarto

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   Depois de um longo dia de aula na faculdade, alguns meninos da república Alfa resolveram sair para distrair a mente e beber. Nando, que estava cansado do dia na faculdade, preferiu voltar para a república e descansar.

   Ele foi até o quarto que dividia com Abner, e tomou um banho rápido. Quando terminou, foi até a cozinha só de toalha, pois estava sozinho, e começou a preparar um lanche. Colocou o pão, queijo e presunto na sanduicheira, e sentou a mesa para esperar.

   De repente, começou a ouvir uns barulhos vindo do andar de cima, nos quartos. Com o coração acelerado pelo susto, pois pensava que estava sozinho, Nando caminhou lentamente até a escada e começou a ouvir gemidos.

   — Um deles deve ter trazido alguém pra cá — disse ele no pé da escada — Pensei que estivesse sozinho.

   Nando deu as costas para a escada e estava prestes a voltar para a cozinha quando ouviu alguém gemer seu nome. Ele ficou confuso, pois não entendia como alguém estava gemendo o nome dele sem estar com ele.

   Ele subiu a escada rapidamente, e seguiu os gemidos. Nando parou em frente a porta do quarto de João e Jean, de onde os gemidos vinham, a abriu uma fresta. Ele não conseguia ver muito, pois o quarto estava escuro, mas viu a silhueta de uma pessoa cavalgando não chão.

   — Me fode, Nan — pediu a pessoa.

   “Nan”. Isso deixou Nando ainda mais intrigado. A única pessoa que o chamava de “Nan” era Jean, o morador novo, pois Nando se apresentou assim. 

   Nando apertou os olhos, mas não viu quem era, então abriu a porta de uma vez, fazendo a luz do corredor entrar no quarto.

   A pessoa olhou assustada para porta e Nando percebeu quem era.

   — Jean — disse Nando, sem acreditar no que via. Jean, sentado em um dildo, de aproximadamente vinte centímetros, imaginando estar sentando em Nando.

   Assustado, Jean pulou na cama e se escondeu nos lençóis, deixando o dildo preso no chão por uma ventosa, balançando de um lado para o outro, melado com lubrificante.

   Nando, sem reação, voltou para a cozinha com a imagem de Jean quicando em sua mente e o ouvindo gemer “Nan”. Ele tirou o sanduíche da sanduicheira e viu que estava meio queimado.

   Não demorou muito para Jean aparecer lá, com o rosto vermelho e os olhos marejados. Ele estava com muita vergonha e nem pensou em vestir uma roupa antes de descer. Só se enrolou no lençol branco e desceu.

   — Me desculpa, Nando — disse Jean, ofegante — Não era pra você ter visto. E-eu achei que tivesse sozinho. Eu juro que nunca mais faço isso, só não conta para os outros. Eles vão me expulsar daqui.

   — Se acalma — disse Nando, calmo, colocando o sanduíche na mesa e se sentando — Quer um pedaço de sanduíche queimado? — ele olhou Jean de cima a baixo, parou o olhar por alguns segundos na entradinha de Jean e depois olhou nos olhos dele. Ele percebeu que estavam marejados — Não precisa chorar por isso.

   Jean sentou a mesa e observou Nando dividir o sanduíche ao meio. 

   — Se te serve se consolo — disse Nando, entregando metade do sanduíche para Jean — Já bati umas pensando em você.

   Ele mordeu sua metade do sanduíche, mas sem tirar os olhos dos olhos de Jean. Nando percebeu que os mamilos de Jean ficaram duros.

   — V-você já… — Jean não conseguia terminar a frase, pois olhava para os lábios de Nando e só conseguia pensar em como queria beijá-lo — E-eu pensei que você fosse hétero.

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