Prólogo

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Hey!

Então, essa é minha primeira fic. Não significa que não será boa, mas precisarei da paciência e compreensão de vocês na questão da ortografia.

Irei abordar a minha versão de como seria uma continuação do filme Ammonite (by Francis Lee).

Já que houve uma brecha, por que não aproveitá-la?

Cada capítulo conterá sugestões de músicas para acompanhar a trama.


Boa leitura!

...

Esse olhar me lembra o vasto mar o qual estou habituada a conviver em meus dias de trabalho. Lindo, temeroso, urgente... há tantos adjetivos, mas somente um está em evidência.

"Atormentado"

O tormento de perder algo que não foi planejado ou pensado. Não tendo palavras, o que posso fazer é retribuir o azul gélido, que em contraste com as paredes rústicas por detrás de nós, forma um claro pedido de perdão angustiado.

Charlotte não esconde, ela é expressiva e não possui medo disso, ao contrário da minha pessoa, que é indiferente e neutra.

Ela se move em um pedido mudo para se aproximar. Talvez por educação, talvez por algo preso em meu peito, afastei-me lentamente para o lado, assim, aceitando. Ela se move com cautela, posso notar.

Neste exato momento, um homem aparentemente na casa de seus 65 anos, a chama. Ela imediatamente levanta o olhar e indica o lugar onde minha relíquia descansa pesadamente. Apenas vi mãos calejadas indo até um espaçamento quase invisível na haste da madeira. Lá, o tal homem depositou uma chave, a manobrou, tirou o indicador que continha o antigo dono, e colocou outro em seu lugar. Não olhei, pois estava interessada em saber o que Charlotte falava com o provável funcionário de alto padrão do museu. Era difícil identificar o que estava sendo dito, mas percebi quando ela colocou um envelope nas mãos do sexagenário.

Enfim pude desviar o olhar quando ela se encontrou sozinha após o acontecido. Houve outra troca de olhares a qual não quis prosseguir, então, olhei para meu achado e congelei no mesmo lugar. Lá estava em letras claras e pomposas um nome...

"Mary Anning"

Não consegui sequer processar o que havia acontecido. Senti um calor humano ao meu lado. Não precisava suspender meu rosto, seu cheiro é inconfundível.

-Podemos conversar?

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