O tal do fio vermelho KTH + JJK

Capítulo Final

Kim Taehyung

Pela primeira vez na vida eu senti medo de perder uma pessoa, quero dizer, no sentido romântico da palavra. Posso deixar claro que, sim, eu o beijei e não me arrependo nem um pouco, mas e ele? Eu não quero que fique estranho e não quero deixar a impressão de que sou pegador ou algo assim. É que… Eu sei que aconteceu tudo muito rápido e confesso que estou assustado, pois ele se tornou alguém muito especial para mim.

— Taehyung, vocês se conhecem há seis meses!

— Jimin, pelo amor de Deus, não pira, caramba! Eu já estou arrancando os cabelos de nervosismo, não me deixa mais nervoso.

— Ele era só um neném, Taehyung! Um neném!

— Jimin, ele tem 20 anos.

— Foda-se! Ele nunca beijou na vida e tem 20 anos.

— Meu primeiro beijo foi aos 18…

— Eu sei, Taehyung, eu que beijei você.

— Eu já disse para você não ficar falando isso!

— Chiu, vamos focar no nosso querido e amado Jungkook! — Sorriu malicioso. — E aí? Foi bom?

— Foi ótimo! Na minha opinião, nem parece que foi o primeiro beijo dele, — suspirei — mas devo admitir que estou assustado.

— Medo dele se arrepender? — Assenti. — Olha, eu não sou uma pessoa muito indicada para dar conselhos, mas acho que você não tem que se preocupar.

— Por quê? — Olhei-o desconfiado. — Você sabe de alguma coisa, não é?

— Eu? Não!

— Park Jimin!

— Meu nome.

— Diz tudo o que sabe!

— Eu não! Se quiser saber, pergunta para a Sawako. — Arregalou os olhos ao notar o que havia dito. — Quero dizer, se tivesse algo a esconder….

— Seu traidor!

— Olha, Taehyung, eu posso ser tudo menos fofoqueiro, morô? Se eu contar, Sawako não vai mais lá em casa.

— Eu não acredito que você me trocou por ela!

— Você é meu amigo de todas as horas, mas Sawako é a garota que eu estou ficando, entendeu? Ela é uma pessoa difícil de se encontrar, então, vai lá e pergunta para ela.

— Tudo bem, eu entendi. — Revirei os olhos.

— Fica chateado comigo não, Teteco.

— Será que Kuronuma vai ficar feliz se eu disser que a gente já ficou? Vou perguntar para ela. — Levantei-me.

— Hey, Taehyung! Foi tudo na brotheragem! — disse antes de me retirar.

[...]

— Eu ainda não entendi porque você veio me procurar.

— Para me ajudar?

— Mensagem. Manda mensagem para ele.

— O que eu escrevo? — digo, já com o celular em mãos.

— Eu sei lá! Escreve qualquer coisa aí, você não é mais criança.

— Obrigado por nada, Jin — falei, saindo da casa.

— De nada! — Fechou a porta.

— Okay, Taehyung, você consegue! — falei para mim mesmo.