🄲🄰🄿🄸🅃🅄🄻🄾 ②

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𝑨𝑵𝑻𝑬𝑺

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𝑨𝑵𝑻𝑬𝑺

Mais um dia normal na minha vida, penúltimo ano na escola, já estava quase agradecendo a Deus por terminar aquele inferno. Hoje faço questão de olhar na cara daquele povo que falou que ia repetir o primeiro, olha eu no segundão.

Dou uma olhada no espelho, primeiro dia já estava como? De banho tomado, cabelo na régua, a roupa sem um amasso e o melhor, o sorrisão no aparelho de borracha nova. Eu estava o verdadeiro homão da porra.

Passo um perfumin no cangote e desodorante, na boa, não adianta ser bonito e carregar embaixo dos braços um gambá, Deus me livre!. Pego minha mochila e espero o busão passar, naquele ano o prefeito decidiu fazer alguma coisa na nossa cidade, tá roubando? Tá, mas pelo menos tem ônibus.

Antes de sair de casa, peço a bênção pra minha mãe, era uma tradição sair de casa apenas quando ela abençoar o nosso dia, parece que quando eu saía sem, tudo dá errado.

Espero no ponto, já consigo ver um grupinho de gente descendo o morro, certeza que era aqueles catarrentos que eu chamo de amigos. Carlinhos, André e Junior, um mais feio do que o outro.

— Eae João, passou de ano?. — Carlos pergunta segurando sua bolsa.

— Tá achando que eu sou burro? Passei driblando todo mundo. — Falo fazendo pose.

— Quase ficou de recuperação, mas passou. — Junior, o inteligente do grupo fala.

— Não importa se foi na base da oração, mas passei. — Falei pegando meu fone. — Baixei umas músicas da boa.

— Certeza que é essas músicas que não tem sentindo nenhum. — André fala. — Nunca entendi esses forró idiota.

— O maluco é nordestino e fala mal do forró, certeza que sua mãe pulou a cerca. — Carlos fala dando um empurrão em André.

A gente da risada, todo dia na época de escola eles gostavam de implicar com o outro. O nosso grupo era separado, infelizmente eu era o mais novo, enquanto o trio parada dura era tudo do terceirão.

— Ainda bem que é meu último ano, já não aguentava olhar pra cara de vocês. — André fala.

— Diz isso, mas nas férias não saía da minha casa. — Carlos falou esperando o ônibus parar no nosso ponto.

— Só ia lá por conta do PlayStation. — André deu de ombros.

— Catiguento, nem avisou que tá de play na sua casa. — Falei dando um tapa em sua nuca.

— Tá achando que a minha casa é fliperama?. — Carlos fala passando a mão na nuca.

O ônibus para na nossa frente, a gente entra conversando sobre depois da escola a gente ir no Carlos estrear o vídeo game dele. Naquele momento eu comecei a olhar para o pessoal que estava no busão, até notar alguém diferente.

𝐀𝐧𝐧𝐚 𝐉𝐮𝐥𝐢𝐚 | 𝐋𝐳𝐢𝐧𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora