Capítulo 3

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Mais um capítulo pra vocês. Espero que gostem! *---*

Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo, e começo a me maquiar. Sei que o momento não é adequado para vaidades, mas estou com olheiras imensas e que precisam ser disfarçadas com um pouco de corretivo. Vesti uma calça jeans, e uma camisa manga longa. O tempo não está frio, mas acho que devido a tudo que houve, sinto um frio constante. Estou doente, até febre eu tive. Acho que é por causa da pressão.

- Está pronta, Anne?

Andrew, pergunta enquanto desço as escadas.

- Se eu disser que não, tem jeito?

Ele balança a cabeça, e tenta soltar um sorriso confortante.

Entro no carro dele, acompanhada pelos meus pais.

Já amanheci o dia sendo acordada para depor. Minha mãe acha que não estou preparada pra isso, mas o que posso fazer? Eu não tenho nada que esconder. Só espero que corra tudo bem, porque não aguento ser acusada injustamente.

Chego a delegacia, e vejo a impressa reunida na porta. Que merda! Eu não esperava por isso.

- Que porra é essa, Andrew?

Meu pai pergunta.

- Não tem como evitar. Aqui é uma cidade pequena, e tudo corre rápido.

- Percebi pelos comentários que recebi na internet. – Falo.

- Você deve evitar isso, Anne. Não ajuda em nada.

Dou de ombros. A opinião dos outros é o que pouco me importa. Porém, devo confessar que estou assustada.

- Vamos descer, e você não responda nada aos jornalistas. Não é obrigada, entendeu?

Concordo.

Meu pai passa o braço em volta do meu ombro, e Andrew faz o mesmo do outro lado. Minha mãe nos segue logo atrás.

- Ele chegou a estuprar você, por isso se vingou?

Uma repórter pergunta.

- Você vai confessar o crime?

Hein?!

- Deixem-na em paz!

Andrew grita.

Entramos na delegacia, e logo vejo o pai do Tyler, que me encara com rispidez.

Sou encaminhada para sala de depoimentos, onde me aguardam. Meus pais ficam do lado de fora, mas Andrew me acompanha.

- Sente-se!

Ele puxa a cadeira, e sento. Estou nervosa, e sei que isso não ajudar em nada.

- Podemos começar?

Concordo.

Ele começa a ler o inquérito, e escuto atentamente.

Quem diria... Até dois dias atrás eu estava preocupada com que roupa iria à festa que o Tyler estava organizando, enquanto hoje, estou nervosa, com meu coração batendo forte no peito, porque ele foi de namorado para ex-namorado assassinado covardemente, como diz o inquérito, e que eu sou a principal suspeita por ter motivos pra cometer tal crime.

Repito a mesma história que contei ao Andrew. O que de fato é a verdade. Eu fui pra casa, dormi e acordei sabendo do que houve.

- E sou inocente.

Falo alterando minha voz.

- Sabe de uma coisa, Anne? Todos que entram aqui falam a mesma coisa.

Paixão obsessivaOnde histórias criam vida. Descubra agora