1- levante a cabeça

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- Eu não estou mentindo, jamais mentiria para você!  - digo com um tom leve.

- Levante a cabeça e olhe nos meus olhos! Nem mesmo um recém nascido acreditaria em alguém que fala cabisbaixo 

Bom, e essa foi a minha vida desde que me entendo como gente, treinamento para fingir e manipular, aulas de linguagem corporal para identificar até mesmo o pensamento mais profundo de cada um, e é claro a arte da negociação.

Eu nasci para reinar um grande reino, não fui colocada neste mundo pelo amor dos meus pais, ou muito menos pela vontade deles de terem uma criança, nasci puramente pela necessidade de um herdeiro. Obviamente não é um sentimento muito bonito saber que seus pais ao menos me queriam, mas a minha grande vingança por eles me fazerem sentir assim é fazer da vida deles um grande inferno, sem perder a classe, é obvio.

{...}

- O que vocês pretendem causar com a união de nossas famílias? - pergunta Klaus Woodbead 

- Pegar todo o seu dinheiro e depois meter um pé na bunda - respondo com o sorriso mais cínico que pude fazer.

- Ignore o comentário infeliz da minha filha, ela adora fazer piadas em momentos inapropriados- rebate meu pai com um olhar de desgosto - licença por um minuto por favor

Sinto meu pai me puxar para fora da sala onde ninguém poderia nos ouvir

- O que você pensa que está fazendo? - diz ele com um tom irritado

- Mostrando ao rei Klaus o meu incrível senso de humor! Você não gostou papai? - digo sorrindo calmamente. 

- Está tão engraçada hoje né Liz - fala com um semblante sério

- Sempre querido - respondo sorrindo

- Já que está de tão bom humor, agora você vai entrar naquela sala e falar que foi brincadeira juntamente com um pedido de desculpa - diz ele, porém desta vez as nossas expressões se trocam, agora ele com um sorriso e eu o encarando seriamente.

Voltamos para a sala de reuniões e fiz aquilo que mais odeio, me desculpar, odeio pedir desculpas porque sinto como se eu estivesse assumindo estar errada, e sinceramente, eu não estava.

- Sinto muito pelo meu comportamento senhor, estava tentando levantar o astral e tirar a seriedade desta sala. - digo estas palavras sabendo que penso exatamente o contrário.

- Tudo bem, acredito que meu filho realmente irá gostar dessa sua personalidade. - diz Klaus sorrindo como um vitorioso, babaca.

- Como se eu me importasse com o que ele pensa - resmungo baixo, de modo que ninguém possa escutar.

- Perdão, eu não escutei - diz ele

- Eu não disse nada... mas enfim, quando poderei conhecer seu filho, não vou me unir a uma pessoa que eu nem sei o nome. - digo mesmo sabendo que tenho repulsa a esse casamento arranjado.

- Ele se chama Ryan e virá amanhã especialmente para te conhecer, pode se sentir honrada.

- Ele deveria se sentir honrado por eu aceitar trocar palavras com ele mesmo sabendo que ele provavelmente é como o pai! - digo acabando com seu sorrisinho.

Vejo de canto de olho meu pai engasgando a água que estava bebendo e forçando uma risada.

- Hoje seu senso de humor está bem aflorado né filha? - ele fala com uma risada forçada.

Meu pai e Klaus continuaram conversando por mais uma hora e encerraram a reunião, mas vou poupa-los desse tédio, porque se eu pudesse obviamente eu não estaria lá.

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Notas da autora: to começando essa história e eu espero que gostem pq eu tô real me dedicando. Desculpem o capítulo meio ruim e curto, é q eu n sou muito boa em começar histórias, mas espero que gostem.

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Aquela Droga de CoroaOnde histórias criam vida. Descubra agora