Lauren Part. I

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Eu nasci em 29 de novembro de 1979, segundo minha mãe a bolsa estourou de madrugada, era um dia chuvoso.

Minha mãe é Mary Marin, supostamente ela era muito cortejada mais nova por vários admiradores até que conheceu um soldado, Lucien Marin, eles contaram para mim uma história de Romeu e Julieta.

Tinha amor proibido já que meu avô queria que minha mãe se casasse com um homem rico e de família nobre, minha vó sempre foi mais liberal e ajudou, brigou e fez de tudo para minha mãe ter o relacionamento que merece.

Por muito tempo essa história preencheu meu coração, a história de amor dos meus pais. Eles se casaram e viviam em um trailer, parecia até inacreditável.

Quando minha mãe engravidou meu pai largou o exército, arrumou um emprego de mecânico, eles juntaram e comparam uma casa maior em um bairro de classe média, claro que isso levou um tempo... Mais ou menos quase dois anos.

Tinha fotos minha bebê no trailer, eu queria muito ter vivido essa época sabe... Como uma criança que consegue lembrar e não apenas chorar e dormir e depois engatinhar e sabe se lá o que mais fazia até os dois anos.

Bem, meu pai sempre foi uma pessoa sensível e com alma de artista, ele adorava pintar e literatura, desde poemas a estórias, era um curioso nato e estudioso.

Minha mãe gostava de cozinhar apesar de ser mediana, preferia revistas e moda, adorava música, isso era algo muito em comum neles, minha mãe gostava de dançar e meu pai nem tanto, eles pareciam se completar.

Eu admirava tanto aquela relação, bem... Eu tinha olhos inocentes e via tudo como um grande conto de fada.

Teve uma época de vacas magras onde meu pai arrumou mais dois empregos além do que tinha, minha mãe ficava comigo em casa e brincávamos bastante, quando as coisas começaram a se estabelecer de novo meu pai decidiu manter os empregos.

Eu era pequena, tinha entre uns 3/4 anos não percebia muito, não me recordo muito.

Eu lembro apenas dos finais de semanas ensolarados que ficávamos em casa, vendo tv e da cara da minha mãe emburrada.

Acontece que nessa época eles brigavam muito, eu era pequena então não tinha a plena razão do porque, hoje faz mais sentido era pelo pouco tempo.

Era por minha mãe estar marcando minha altura na parede e ele não estar lá, era por ele estar perdendo os momentos onde eu fazia coisas excepcionais.

Ok sabe aquela coisa que todo pai acha que seu filho é um gênio ? Minha mãe sempre foi assim, sempre!

Bebês pronunciam palavras desconexas o tempo todo, minha mãe encarnou que com seis ou sete meses eu disse mama... Pouco provável.

Eu rabiscava coisas desconexas em algum papel como qualquer criança comum faz e para ela era como se estivesse descobrindo a gravidade ou a teoria das cordas ou alguma outra coisa.

Basicamente qualquer coisa que fizesse até meus quatros anos era épico e genial, mas na realidade eram banais e comum de qualquer criança desta idade.

Meu pai então ficou com dois empregos e depois com um, com o passar dos anos as coisas foram se estabelecendo.

Minha mãe me colocou na escola quando com 6 anos, bem na verdade eu ainda tinha 5, iria fazer 6 em novembro, eu era uma garotinha gordinha baixinha mas nada fora do comum para minha idade, porém minha visão não era perfeita, descobri alguns problemas e tive que começar a usar óculos.

Before Hurricane (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora