Em tempos de crise os humanos mostram suas reais faces. Ainda que o rei decrete que escravidão é um ato vil e criminoso, nada mudará se não houver quem execute as leis. No meio de tantos perigos uma órfã estava completamente vulnerável e se em dias bons os mais abastados desprezavam os pobres, não seria em tempos críticos que estenderiam a mão para ajudar os necessitados, Atiye não tinha ninguém por ela. Nessa cultura na qual o forte rejeita, isola ou devora o fraco, a garota veria um inimigo em cada sombra. Para a sociedade órfãos são animais nojentos, tão asquerosos que a menor interação poderia te deixar doente, eram escurraçados como ratos e tratados com a mesma consideração que se dá aos cães sarnentos de rua. A história se passa em tempos de reis e reinos. Uma garota que conhece as piores dores as quais um humano pode ser submetido terá que fazer o melhor para sobreviver, com mãos mergulhadas em sangue ela terá que aceitar e conviver com seus próprios pecados. Existem limites quando o assunto é sobreviver? Existe esperança quando se perde até mesmo o pouco que possue? Em meio a intrigas e conspirações, quão pesada se torna a cabeça que sustenta a coroa? "Eu estava a sós com a escuridão, tudo que eu achava que podia fazer era matar sem propósito, mas vi uma luz no fim do túnel e essa luz era o brilho dos teus olhos." Mais uma História com protaginismo feminino. Boa leitura! Créditos da capa: VeeSantos10 Segue ela no insta: @veecarvalho22