Rodrigues era dono do mundo, dono da razão. Dono de tudo, menos de si mesmo. Sua cabeça martelava pensamentos e lembranças que poderiam não lhe pertencer. A tempestade incontrolável o tocava, sem poder nenhum dentre os ventos e os sonhos, lá encontrava sua fragilidade. Dante era a perdição, a indecência da sedução. Amarrado em um ciclo sem fim, destinado a prender-se em seus desvaneios, sua áurea é a afronta. Duas almas perdidas no mundo entre mundos, duas almas destinadas a amar.
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