MEU ÚLTIMO CADÁVER

Elise Moss, uma garota que trabalhava em um necrotério com seu melhor amigo, Benjamin, viu sua vida virar de cabeça para baixo em um dia chuvoso. Naquela quarta-feira, um cadáver chegou, e Elise ficou completamente admirada com sua beleza. "Girassol" era o apelido que ela deu ao corpo, o último que abriria antes de entregar sua carta de demissão. Após dois anos no mesmo emprego, Elise começou a frequentar terapias devido a pesadelos eróticos com os corpos que examinava, algo que a excitava e assustava na mesma medida. Para o bem de sua sanidade, ela estava decidida a sair.

Dominic Allen era o nome do último cadáver. Elise certamente se lembraria dele por muito tempo. Quando estava prestes a abrir seu peito com a serra elétrica, Dominic acordou atordoado, como se estivesse apenas tirando uma soneca. Na verdade, ele sofria de catalepsia, uma condição rara, mas não impossível. Dominic não estava morto; seu corpo estava apenas paralisado.

O que Elise não sabia era que Dominic tinha um passado traumático e obscuro com mulheres. Durante sua infância, ele foi criado em um ambiente abusivo, onde sua mãe e irmãs o maltratavam física e emocionalmente. Essas experiências deixaram cicatrizes profundas em sua psique, fazendo com que ele desenvolvesse um medo e desconfiança intensos em relação às mulheres. Sua paralisia o levou de volta às suas piores lembranças de infância, até que ele ouviu uma voz doce e calma sussurrar o nome de uma flor: girassol. Esse apelido, dado por Elise, fez com que todos os demônios em sua mente se calassem.

Dominic então se tornou obcecado e totalmente dependente, passando a perseguir e atormentar Elise, que só queria recomeçar sua vida em um novo bairro. Ele via em Elise uma figura redentora, alguém que poderia curar suas feridas emocionais, mas sua obsessão rapidamente se transformou em um comportamento controlador e perigoso.