AlexPinetree
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Leiam Cotidiano & Sacanagens. Vocês se surpreenderao
AlexPinetree
Aos meus amigos do wattpad, quero agradecer as 25 mil visualizações. Eu sei que é pouco mas o começo é assim mesmo. Grande abraço.
AndreBortolon
Parabéns por seu trabalho, Alex! Do que li até agora, tiro o chapéu!
Escrevo crônicas e sou novo por aqui; se tiver alguma dica, sou todo ouvidos:
http://www.wattpad.com/myworks/41253039-prazer-%C3%A9-com-jota
Já que gostas de conteúdo adulto, creio que você vai se amarrar!
AlexPinetree
Caso você esteja fora do Brasil, e queira adquirir o livro Cotidiano & Sacanagens. Compre pela Amazon.com - norte americana. Custa em média U$$ 15.
Caso você esteja no Brasil, pode encomendar pelo site da Livraria Saraiva, eles entregam na sua residência, sem taxas de postagem. O site é: www.livrariasaraiva,com.br - custa em média R$ 42,00 e pode ser parcelado no cartão de crédito. Abs.
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AlexPinetree
A LOUCURA FRAGMENTADA
por Silvio Fernando Rodrigues
Livros de memórias costumam ser chatos. Por mais empenho do pesquisador e tragédias que haja na vida do biografado, lá pelas tantas (em geral isso ocorre entre as páginas 180 e 200), o leitor é tentado a se perguntar por que o artista/cientista/político/serial killer de sua predileção não deu ouvidos à máxima de Pascal e passou mais tempo quietinho em seu quarto ao invés de explorar os requintes do próprio umbigo.
A cartilha comum às biografias História familiar – Nascimento – Juventude – Maturidade e Velhice, são, segundo alguns editores, os inimigos naturais na manutenção do interesse do público leitor deste segmento. Afinal, se o biografado não é um assassino em série, qual o interesse em se detalhar ano por ano, os ingredientes de seu bolo de aniversário ou suas notas escolares? (Em Cotidiano & Sacanagens, há militares e pessoas com talento para tal, mas aí, já estamos forçando a barra.
Talvez por serem cineastas, Renoir, Eisenstein e Buñuel escaparam dessa armadilha embaralhando a ordem dos fatos em seus relatos. O autor de Cotidiano & sacanagens não é cineasta, mas além da escrita cinematográfica, possui em comum com o trio o gosto pelas lembranças fragmentadas. Pois a memória da gente é assim mesmo: trai, atrai, distrai. Seduz. É afetiva & olfativa. De maneira fragmentária e acronológica é assim que os personagens de Alex nos contaminam com a sua graça sofrida. Como na vida, eles vêm e vão, sem aviso ou despedida, para ressurgir páginas depois, lampeiros, pedindo uma grana emprestada ou socorrendo o autor em alguma fria. E quando se vão definitivamente - caso de Nê, esposa de Alex, e do gato Ozzy – continuam a povoar causos e lembranças.
Jogadas de só uma vez no liquidificador, na velocidade que permitem os microcontos, elas revelam algo maior do que a figura humana que escreveu estas páginas, revelam um Brasil que foi crescendo e se formando, muitas vezes aos trancos e barrancos, juntamente com o autor.
AlexPinetree
Continuação do Prefácio:
O Brasil da tortura frequente e velada (“Quando me envolvi com ela”), do autoritarismo (“Presos”, “Corporativismo”), da boêmia (“As bailarinas do Bolshoi”) das areias e mulheres escaldantes (“A louca do Leme”), da solidão (“Madrugada & Fantasmas”) para chegar até nossos dias com a Marcha com Deus, onde dois rappers decidem convidar O Próprio para seu evento, expondo ao ridículo nossas classes dirigentes.
Homem de muitas facetas, nem sempre convergentes, antes de esguichar suas memórias no papel, Alex Pinheiro foi jornalista, publicitário, soldado, office-boy, poeta, compositor, cantor de boate e fundador de uma empresa de dedetização ecológica(!!!). Talvez por isso seja de arrepiar o elenco (tirado da própria vida) que Alex “fechou” para seu livro de estreia: malandros, hippies, soldados, prostitutas, artistas, crentes, bailarinas russas e até um hermafrodita, protagonista de um dos contos mais tristes do livro.
Dizem que Céline não gostava de judeus. Henry Miller não gostava de música popular. Bukowski só gostava de bebida. Alex gosta de tudo isso e mais. Gosta de praia. De mulheres, cigarros e Jack Daniels. Sabe ouvir uma boa história. Sabe condensá-la num espaço de poucas linhas dando o ponto final em nossa cabeça. Fechamos o livro e perguntamos o que terá acontecido com Josephine. Continuamos com pena de Nina. Como esquecer tipos como o tenente Joransen, a festa louca e frustrada dos últimos dias de Pompéia ou a feijoada assassina que tornou Tia Aliz viúva?
Imagine o que te espera nas próximas páginas.
Silvio Fernando Rodrigues é psicólogo e roteirista. Roteirizou os contos Toc, toc, toc e Criaturas da Noite, presentes neste livro, em processo de captação de recursos.
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