Meus queridos amigos e leitores,
Passando aqui às 2h34 da manhã — horário oficial de quem perdeu o controle da própria agenda — pra avisar que, desde meados de novembro, minha vida virou um grande escape room: ninguém sabe como entrei nesse caos e muito menos como vou sair.
Por isso, sim: estou sumida das leituras, da escrita e de qualquer coisa que envolva usar mais de três neurônios ao mesmo tempo. Minhas desculpas a todos que estão na troca de votos comigo — vocês são maravilhosos, pacientes e, honestamente, melhores do que eu nesse momento.
Prometo voltar à ativa na segunda semana de janeiro, quando talvez — com muita sorte — meu cérebro saia do modo tela azul do Windows.
Dessa vez, a vida resolveu montar um combo especial de fim de ano: festa de família; confraternização com amigas; trabalhos, provas e projeto social da faculdade; e, claro, o bônus track: a maternidade.
Meu adolescente, inclusive, entrou numa fase Lego edição limitada: vive se desmontando e me deixando no modo “cadê o manual de instruções dessa criança?”.
Em novembro fraturou o peito do pé, agora está com o nervo do calcanhar inflamado. Eu já decorei o nome de todos os ortopedistas e estou a um passo de lançar um álbum de figurinhas estilo Copa do Mundo: as estrelas do álbum seriam meu filho, os ortopedistas de plantão da Unimed e as fraturas que ele me arruma!
A fratura do peito do pé, por exemplo, entra direto para a categoria raras e brilhantes. ✨
Enfim: ser mãe, estudante, escritora, CLT e blogueira nas horas que eu deveria dormir, é praticamente um esporte radical. E eu tô participando sem equipamento de segurança.
Obrigada por não desistirem de mim enquanto eu tento não falhar miseravelmente em todas as minhas versões.
Nos vemos em janeiro — se eu sobreviver.
— Amarílis